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Por Redação O Sul | 4 de março de 2020
Mesmo depois de sete anos do início do serviço, a obra não está totalmente concluída.
Foto: Jefferson Bernardes/PMPAApós sete anos do início das obras, foi liberada na manhã desta quarta-feira (4) a trincheira da Avenida Ceará, na Zona Norte de Porto Alegre. O investimento havia sido planejado para a Copa do Mundo de 2014.
Mesmo depois de sete anos do início do serviço, a obra não está totalmente concluída. A ordem de início da obra foi dada em dezembro de 2012 e tinha prazo contratual de execução de três anos.
Em cinco anos, a obra ficou 42% mais cara. Inicialmente, estava prevista para ser realizada por R$ 29,5 milhões, mas o valor que precisou ser gasto chegou a R$ 40 milhões.
Além da passagem de nível, a trincheira contará com uma casa de bombas com três equipamentos, os quais farão a coleta da água da chuva, evitando alagamentos. Além disso, a estrutura terá sinalização e controlador de velocidade a 40 km/h.
Abertura
Por volta das 9h20, os primeiros motoristas começaram a utilizar a via, que vai desafogar o trânsito e melhorar o fluxo de veículos na região do Aeroporto Salgado Filho e da BR-116 em direção à área central de Porto Alegre. Isso vai diminuir os congestionamentos na avenida dos Estados e na avenida Farrapos. Segundo a prefeitura, a obra deve beneficiar cerca de 70 mil motoristas que trafegam pelo local, a cada dia.
O prefeito Nelson Marchezan Júnior diSSE que, apesar de todas as dificuldades enfrentadas por sua gestão para terminar a trincheira, incluindo a necessidade de 11 aditamentos (cinco de valor e seis de prazo), “este é um momento de comemoração e também de exemplos de equívocos que não devem se repetir”.
Atraso
A obra, planejada para a Copa de 20114, atrasou por causa de problemas em projetos, pagamentos não feitos e revisão de itens para incluir sistema de bombas para evitar alagamentos. A trincheira recebeu R$ 9.558.765,93 de aditamento, elevando o valor inicial de R$ 29.525.895,24 para R$ 39.084.660,32.
“Queríamos ter entregue a trincheira no tempo determinado, ainda em 2017. Ao retirar este último cone, tirei um peso de mim também”, afirmou o prefeito. Marchezan acentuou que “os atrasos geraram na população uma frustração com as obras da Copa, que não foram realizadas dentro de prazos e volumes de recursos previstos pelos projetos iniciais.
Marchezan, no entanto, disse que o dia não era de buscar culpados, mas que “obviamente” é preciso apresentar explicações sobre os motivos técnicos pelos quais uma obra sai 9 milhões mais cara e demora cinco anos a mais que o previsto.
Devido à necessidade de proteção do sistema de drenagem contra o vandalismo, foram incluídas telas nas paredes internas da trincheira. Elas estão 70% instaladas, e o serviço será terminado até este final de semana. A construtora Conpasul é a responsável pela obra.