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Brasil Depois dos ministros, os procuradores da República também reajustam os próprios salários em 16%

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A presidente do STF, Cármen Lúcia, e a procuradora-geral da República, Raquel Dodge: ambas devem receber 16,38% a mais em 2019. (Foto: Antonio Augusto/PGR)

O CSMPF (Conselho Superior do Ministério Público Federal) aprovou nesta sexta-feira (10), por unanimidade, a proposta de orçamento da instituição, incluindo reajuste de 16,38% nos salários dos procuradores da República, com base no aumento aprovado pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Na quarta-feira (8), por 7 votos a 4, o Supremo decidiu incluir no orçamento de 2019 a previsão de reajuste salarial também de 16,38% para os ministros da Corte.

Os integrantes do CSMPF justificaram o aumento de seus próprios vencimentos alegando que a Constituição prevê a paridade entre magistrados e membros do Ministério Público. As duas propostas de reajustes ainda devem ser analisadas pelo Congresso, responsável por votar o Orçamento da União para o ano seguinte. Segundo a proposta do MPF (Ministério Público Federal), o orçamento total do órgão será de R$ 4,067 bilhões, reajustado levando em conta a inflação, de 4,39%.

O MPF explicou que serão feitos remanejamentos de verba internamente para garantir o reajuste dos salários, sem aumento de despesas. O órgão disse que vai tirar verba de obras, diárias de viagens, passagens aéreas e outras despesas de custeio. O montante relativo ao aumento dos salários será de R$ 101 milhões, equivalente a 2,8% das despesas totais da instituição.

O salário dos ministros do STF, atualmente em R$ 33,7 mil, é o teto do salário do servidor público e serve como base para os salários de todos os magistrados do País. Por isso, quando é reajustado, gera um efeito-cascara nas demais carreiras públicas.

Argumentos dos procuradores

O salário de procuradores varia entre R$ 28 mil e R$ 33,7 mil, valor recebido apenas pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, igual ao dos ministros do Supremo. “O aumento de despesa no orçamento da União é zero. Fizemos uma economia de R$ 5 milhões ao longo dos últimos 11 meses”, afirmou a procuradora-geral, Raquel Dodge.

Dodge afirmou que a atuação do Ministério Público vai aumentar no período das eleições e que atualmente problemas como desigualdade social e corrupção exigem maior trabalho da instituição.

O vice-procurador geral da República, Luciano Mariz Maia, afirmou que o impacto é “absolutamente zero”. “É o nosso orçamento que já estava aprovado, acrescentado a correção monetária e apenas isso.”

“Não está se buscando um centavo a mais por conta de reajuste”, afirmou José Robalinho Cavalcanti, presidente da ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República). O conselheiro Mario Bonsaglia afirmou que a inclusão do reajuste é “um verdadeiro imperativo constitucional em face da paridade com a magistratura”. “Não é possível não contemplar o reajuste. Se ele vai ser aprovado ou não, o Parlamento decidirá”, afirmou.

Também deve ser apresentada proposta orçamentária (com eventual reajuste salarial ) dos ministérios públicos estaduais. Todos os orçamentos serão encaminhados ao Ministério do Planejamento, que os incorpora à proposta que será levada para votação no Congresso.

 

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https://www.osul.com.br/apos-supremo-ministerio-publico-tambem-aprovou-aumento-dos-proprios-salarios-em-1638/ Depois dos ministros, os procuradores da República também reajustam os próprios salários em 16% 2018-08-10
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