Por Redação O Sul | 18 de setembro de 2025
Após o ultimato do partido União Brasil para que seus filiados deixem os cargos ocupados no governo federal, o ministro do Turismo, Celso Sabino, cancelou uma agenda oficial que teria na tarde dessa quinta-feira (18), em Belém (PA), e embarcou com urgência para Brasília (DF). A decisão ocorre em meio à pressão interna do partido, que determinou a saída de seus quadros do Executivo.
Celso Sabino estava no Pará, Estado que sediará a COP30 (Conferência do Clima da ONU), cumprindo compromissos oficiais. Entre as atividades previstas, estava a participação na abertura da Exposição Agropecuária de Marabá (Expoama). Além disso, o ministro seria homenageado com a “Medalha Alacid Nunes”, concedida pelo Tribunal de Contas dos Municípios do Pará (TCMPA).
Único ministro do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva filiado ao União Brasil, Sabino tem sido alvo de pressões para se afastar do cargo. A direção nacional do partido estabeleceu um prazo de 24 horas para que todos os filiados que ocupam cargos no governo federal deixem suas funções, sob pena de serem enquadrados por prática de infidelidade partidária. Inicialmente, o partido havia anunciado que os cargos seriam entregues até o final do mês de setembro.
O presidente nacional do União Brasil, Antonio Rueda, confirmou que a determinação também se aplica a Celso Sabino. A expectativa é de que o ministro se pronuncie oficialmente sobre o assunto somente nesta sexta-feira (19), após uma reunião com o presidente Lula, prevista para ocorrer na capital federal.
Segundo fontes ligadas ao Palácio do Planalto, há a possibilidade de que Sabino permaneça no governo, caso assim deseje. Auxiliares do presidente observam que, apesar do ultimato do partido, há margem para negociação quanto à manutenção do ministro no cargo. Entre as alternativas consideradas, uma das possibilidades seria a licença temporária de Sabino do União Brasil, conforme informações veiculadas pelo portal Metrópoles. Até o momento, o ministro não se pronunciou sobre essa hipótese ou sobre sua permanência na pasta.
Além de Sabino, outros dois ministros ligados ao União Brasil permanecem no governo federal. São eles: Juscelino Filho, ministro das Comunicações, e Waldez Góes, ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional. Ambos são considerados indicações do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e não estão sob o mesmo tipo de pressão partidária. (Com informações do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, e do portal Metrópoles)
