Quinta-feira, 18 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 7 de julho de 2020
A diretora de operações do Facebook, Sheryl Sandberg, disse nesta terça-feira (7) que a gigante das mídias sociais precisa melhorar a remoção de discursos de ódio de seus ambientes, numa resposta a um boicote de centenas de empresas que pararam de anunciar na rede social em protesto contra posts discriminatórios e desinformação na rede social.
“Ser uma plataforma em que todos possam se fazer ouvir é essencial para a nossa missão, mas isso não significa que é aceitável que as pessoas espalhem ódio. Não é”, escreveu Sandberg em um post.
Ela acrescentou que o Facebook “precisa ser melhor em encontrar e remover conteúdo de ódio”.
O post marcou os primeiros comentários públicos da executiva sobre as questões levantadas por grupos de direitos civis desde que organizaram o boicote publicitário no mês passado.
Sandberg também disse que o Facebook divulgará nesta quarta-feira (8) sua aguardada auditoria sobre direitos civis na rede — uma revisão das políticas e práticas da empresa que começou há dois anos.
Ela afirmou que a auditoria teve um “efeito profundo” na cultura da empresa.
“Não faremos todas as alterações que eles [os grupos de direitos civis] pedem, mas vamos pôr em prática mais de suas propostas em breve”, avisou.
Sandberg e o CEO Mark Zuckerberg se reuniram nesta terça com líderes de grupos como a NAACP (Associação Nacional para o Avanço das Pessoas de Cor) e a Liga Antidifamação, que organizaram um boicote chamado “Stop Hate for Profit”.
Os negócios de publicidade do Facebook e as equipes que lidam com recursos humanos e políticas da empresa se reportam a Sandberg.
O Facebook foi pressionado nas últimas semanas a encontrar e remover de modo mais eficaz as postagens que incluem discursos de ódio ou levam à supressão de eleitores.
A empresa de Menlo Park, na Califórnia, respondeu com e-mails e teleconferências a anunciantes irritados para explicar melhor suas políticas e como teria usado sistemas de software para agir com mais rapidez.
“Estamos fazendo mudanças — não por razões financeiras ou pressão dos anunciantes, mas porque é a coisa certa a fazer”, disse Sandberg. “Nunca seremos perfeitos, mas nos preocupamos profundamente com isso. Continuaremos a ouvir, aprender e trabalhar nas próximas semanas, meses e anos.”
Segundo Sandberg, o encontro com grupos de direitos civis ocorre “no contexto do que poderia ser o maior movimento social da história dos Estados Unidos, e a maior e mais recente oportunidade para nossa nação agir contra o racismo”.