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Política Aprovação do governador do Rio de Janeiro sobe dez pontos após megaoperação

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Apesar da alta na aprovação, o índice dos que desaprovam Cláudio Castro se manteve estável. (Foto: Rafael Campos)

A aprovação à gestão do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, subiu dez pontos percentuais após a operação policial mais letal da história, que resultou em 121 mortes nos complexos do Alemão e da Penha, na capital fluminense, segundo aponta pesquisa Genial/Quaest. O levantamento mostra que o índice de entrevistados que aprovam a administração estadual subiu de 43%, registrado em agosto, para 53%.

Apesar da alta na aprovação, o índice dos que desaprovam se manteve estável. Eram 41% em agosto, agora estão em 40%, mas já chegou a ser de 48% em fevereiro deste ano. Por outro lado, houve queda no percentual dos que disseram não saber ou que não responderam, que passou de 16% para 7%.

A pesquisa realizou 1.500 entrevistas, entre os dias 30 e 31 de outubro, e tem margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança do levantamento é de 95%.

A alta na aprovação foi maior entre moradores da capital fluminense, onde a avaliação positiva ao governo de Castro subiu de 32% em agosto para 47%. A taxa mais alta dos que avaliam o governo fluminense de forma favorável, contudo, está na Baixada, onde 63% disseram aprovar a administração estadual.

Ao mesmo tempo em que aponta um salto na aprovação à gestão de Castro, a pesquisa mostra uma oscilação negativa na avaliação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, mas dentro da margem de erro, de três pontos percentuais para mais ou para menos. Depois da operação, 64% desaprovam o governo federal, 34% aprovam e 2% não souberam responder. Em agosto, 62% desaprovavam Lula, 37% aprovavam e 1% não sabia responder.

O cientista político e CEO da Quaest, Felipe Nunes, avalia que o resultado da pesquisa mostra que, do ponto de vista político, a operação foi um sucesso para o governador, mas não necessariamente traz prejuízos para Lula.

“Há uma postura positiva do governador, na visão das pessoas, de enfrentar o problema, tanto que Cláudio Castro passa a ser aprovado em quase todos os segmentos da sociedade”, disse Nunes.

O resultado da pesquisa reforça o entendimento da cúpula do PL, como antecipado pela colunista Bela Megale, de que a operação realizada no Rio teria impacto direto para consolidar a candidatura de Castro ao Senado em 2026. Na avaliação dos integrantes da sigla de oposição a Lula, com a ação policial, Castro teria capitalizado a pauta da segurança pública, em especial entre os eleitores da direita, e conseguiu ir além do público fluminense. O resultado da pesquisa mostra uma prevalência do discurso da direita em relação à segurança pública, em comparação com a esquerda.

A pesquisa mostra que a avaliação sobre o trabalho de Castro na área de segurança pública melhorou após a operação. Agora, 39% dos entrevistados consideram a gestão na área positiva, 34% veem os trabalhos como negativos e 27% acham regular. Em agosto, eram 22% de avaliações positivas, 45% negativas e 33% consideravam regular.

A avaliação se inverte quando a mesma pergunta é feita em relação à atuação do governo federal na segurança pública. A maioria (60%) avalia o trabalho como negativo, enquanto 22% dizem ser regular, e 18% como positivo.

A reclamação de Castro sobre a falta de cooperação federal no combate às facções criminosas também é refletida na pesquisa. Quando questionados se o governo federal tem ajudado os estados no combate à violência, 53% dizem não ver qualquer colaboração, 24% veem pouca ajuda, 14% dizem que o governo ajuda muito, enquanto 9% não souberam responder.

Como resposta ao desgaste gerado pela operação, o Palácio do Planalto espera o início da tramitação do projeto Antifacção na Câmara nesta semana. O texto endurece as penas para as atividades ligadas às organizações criminosas. O projeto foi enviado pelo governo ao Congresso na sexta-feira, três dias após a operação nos morros do Rio.

Na quinta-feira, em visita ao Rio, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou que Castro foi “enfático” ao dizer que não busca uma ação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no estado. A discussão em torno da possibilidade de emprego das Forças Armadas no combate às facções se deu diante da queixa de Castro de que o governo federal se recusou a ceder blindados da Marinha para operações policiais no Rio.

O levantamento também aborda a percepção popular sobre a GLO. Quando questionados se o governo Lula deveria adotar a medida, a exemplo do que foi feito em 2018, durante a intervenção federal na segurança pública do Rio, 59% dizem ser favoráveis, 38% dizem não concordar e 3% não souberam responder. As informações são do jornal O Globo.

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https://www.osul.com.br/aprovacao-do-governador-do-rio-de-janeiro-sobe-dez-pontos-apos-megaoperacao/ Aprovação do governador do Rio de Janeiro sobe dez pontos após megaoperação 2025-11-02
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