Quinta-feira, 08 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 27 de junho de 2020
Governo de Alberto Fernández alerta sobre aceleração dos casos do novo coronavírus, que matou mais de 1 mil pessoas no país
Foto: ReproduçãoBuenos Aires e os arredores da capital irão retornar a um estágio rígido de isolamento obrigatório entre 1º e 17 de julho, informou o presidente da Argentina, Alberto Fernández, nesta sexta-feira (26). O governo tenta reduzir a aceleração das infecções pela Covid-19 que ocorreram nas últimas semanas.
Até sexta-feira, a Argentina registrava um total de 52.457 casos, com 1.167 mortes, números consideravelmente inferiores aos de alguns países vizinhos sul-americanos, mas que poderiam crescer exponencialmente em julho, segundo especialistas.
“Precisamos ganhar tempo para garantir que nosso sistema de saúde melhore e possa servir a todos, absolutamente todos os argentinos”, disse Fernández, em pronunciamento pela televisão.
“A quarentena é um remédio para a pandemia, o único que conhecemos”, completou.
Apesar da alta nos casos em Buenos Aires, regiões do interior argentino não registram casos da doença há semanas. O governo suspendeu venda de passagens para voos comerciais dentro do país até setembro – uma das medidas mais rígidas tomadas no mundo.
Comparação com o Brasil
As medidas de isolamento vinham sendo flexibilizadas pouco a pouco após uma quarentena rigorosa determinada ainda no início da pandemia. “Se não tivéssemos feito isso, tudo teria sido mais grave”, justificou o presidente, que mencionou o caso do Brasil, com mais de 55 mil mortes registradas pela doença nesta sexta-feira.
“Pensem que o Brasil tem hoje cerca de 50 mil mortes e tem cinco vezes a quantidade de habitantes que a Argentina tem. Se a Argentina tivesse seguido o ritmo do Brasil, teria hoje 10 mil mortos”, comparou.