Quinta-feira, 08 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 23 de novembro de 2015
Os atentados em Paris provocaram um aumento sensível na venda de artefatos de defesa pessoal, principalmente de spray de pimenta, e na busca por informações sobre compra e porte de armas de fogo. Houve ainda quem perguntasse sobre coletes à prova de bala para uso no metrô.
Perto da gare de l’Est, em Paris, a vitrine de uma loja oferece armas de gás comprimido sob os disfarces de rímel (19 euros, equivalentes a 76 reais) ou de caneta (23 euros, ou 92 reais).
A legislação francesa que rege essa matéria é bastante restritiva. Só três categorias de pessoas podem possuir armas: agentes de forças de ordem, praticantes de tiro esportivo e caçadores. Em 2013, havia cerca de 160 mil inscritos na federação francesa de tiro, e 1,4 milhão de pessoas detinham licença para caçar no país. Ambos devem se submeter regularmente a testes psicológicos.
Obter uma permissão para porte de arma na região de Ilê-de-France, onde fica Paris, leva ao menos um ano. Os comerciantes afirmam que o interesse por artefatos de gás comprimido repete a oscilação verificada nos dias após o ataque ao Charlie Hebdo e a um mercado kasher, em janeiro. (Folhapress)