Quarta-feira, 07 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 22 de maio de 2024
Medida de drenagem das águas já está sendo utilizada em Pelotas
Foto: Marcello Casal/Agência Brasil“Mas a ligação com os grandes centros através da BR-101 está normal, temos bastante arroz para deslocar para as regiões centrais do Brasil. Então não existe qualquer problema com relação ao abastecimento ou uma necessidade urgente de importação. O Brasil é um grande produtor de arroz, a área aumentou aqui no Rio Grande do Sul, assim como em outros Estados produtores. Então não existe motivo algum para nós termos qualquer alerta com relação a problemas de abastecimento com relação ao arroz”, avalia.
Velho ressalta que este momento é de auxiliar os produtores, deixar baixar as águas para poder chegar nas lavouras e, desta forma, poder quantificar e ver realmente o tamanho do prejuízo.
Arrozeiros de todo o Estado estão trabalhando para acelerar a drenagem das águas de cidades da Região Metropolitana de Porto Alegre. Em ação realizada pela Federarroz em parceria com empresas e instituições, é utilizada experiência na área de irrigação por meio de bombas, insumos e equipe qualificada.
As bombas são utilizadas na drenagem das águas, beneficiando mais de 500 mil desalojados e reduzindo o tempo de escoamento das cidades alagadas através de uma mobilização voluntária de apoio às autoridades locais.
A Federarroz está mobilizando arrozeiros, empresas e técnicos a participar de forma voluntária e se unir no mutirão de ajuda. A ação busca aumentar a capacidade de bombeamento para fora dos diques para que o tempo de drenagem seja reduzido de forma significativa. A entidade acredita que com os sistemas de bombeamentos de flutuantes o setor arrozeiro pode e deve auxiliar nesta ação humanitária.
“A iniciativa de auxiliar na drenagem é fundamental para que a gente possa, em um curto espaço de tempo, tirar esta água e as pessoas poderem retornar às suas residências e aos seus negócios”, destaca Alexandre Velho.
A medida já vem sendo utilizada em Pelotas, em um projeto que mobilizou recursos voluntários, com pessoal técnico, bombas, equipamentos e materiais, aumentando a cota de diques, fechando pontos vulneráveis e instalando bombas com potencial de prevenir alagamento de zona protegida por dique, em complemento à estrutura do Sanep (Serviço Autônomo de Saneamento de Pelotas).
O tempo de drenagem na cidade gaúcha foi reduzido em 60%, de acordo com estimativa baseada em cálculo de capacidade de drenagem adicionada ao sistema. Em Porto Alegre, arrozeiros de Mostardas já estão auxiliando no escoamento no Bairro Anchieta, onde fica o Aeroporto Internacional Salgado Filho.