Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 26 de julho de 2020
Tereza começou a pintar ainda criança
Foto: DivulgaçãoA artista plástica Tereza Costa Rêgo morreu, aos 91 anos, na manhã deste domingo (26), na UTI do Hospital Santa Joana, em Recife (PE).
Um dos maiores nomes da arte modernista em Pernambuco, a pintora estava em casa quando, durante a madrugada de sábado (25), sofreu um AVC (acidente vascular cerebral).
Ela foi socorrida por uma equipe médica e levada para o hospital. No caminho, a artista sofreu uma parada cardíaca e foi reanimada pelos paramédicos.
Filha de uma família tradicional da aristocracia rural pernambucana, Tereza começou a pintar ainda criança. Aos 15 anos, ingressou na Escola de Belas Artes, em Recife.
Dedicada quase que exclusivamente à pintura, foi contemplada com três prêmios do Museu do Estado e outro da Sociedade de Arte Moderna. Em 1962, realizou a primeira grande exposição, na Editora Nacional.
No mesmo ano, envolveu-se com o dirigente do Partido Comunista Diógenes Arruda e deixou Recife. Em São Paulo, por motivos políticos, viveu na clandestinidade até 1969, quando seu companheiro foi preso. Aproveitou o tempo fora para se dedicar à arte e aos estudos, formando-se em história na USP.
Ela passou a dar aulas de história para vestibulandos e a trabalhar como paisagista em um escritório de planejamento. Em 1972, quando Diógenes foi libertado, o casal seguiu exilado para o Chile, mas o golpe militar naquele país fez com que os dois voltassem a se mudar.
Tereza e seu companheiro passaram seis anos em Paris, na França. Em nenhum momento ela parou de pintar. Expôs seus quadros, assinando com o nome de Joanna. Também fez doutorado em história na Escola de Altos Estudos da Sorbonne.