Quinta-feira, 02 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 28 de fevereiro de 2018
Estudantes e professores traumatizados por um dos ataques a tiros mais letais da história dos Estados Unidos voltaram às aulas nesta quarta-feira (28), usando laços e rosas brancas para homenagear as 17 vítimas do massacre ocorrido em sua escola na Flórida há duas semanas.
A escola Marjory Stoneman Douglas reabriu a maioria de suas salas para cerca de 3 mil estudantes às 7h40 (no horário local) desta quarta-feira. O prédio onde a maior parte das vítimas morreu, entretanto, permanecerá fechado por tempo indeterminado.
Nicholas Rodrigues, um estudante de 15 anos que mora em Coral Springs com seus pais e duas irmãs, disse que percorreu o caminho até a escola a pé nesta quarta-feira, ao invés de ir de bicicleta, porque “queria pensar sobre as coisas”.
Ônibus escolares chegaram pouco depois das 7h, com centenas de policiais a postos para acompanhar os estudantes, vestindo as cores da escola, branco e vinho, para que os alunos se sentissem seguros.
Fred Guttenberg, cuja filha Jamie foi uma das vítimas do massacre, disse não sentir medo por seu outro filho, também estudante da Marjory Stoneman Douglas, porque a escola seria agora a mais segura dos Estados Unidos.
“Mas é triste porque meu filho entra lá sem sua irmã”, disse Guttenberg à CNN nesta quarta-feira. “Isso não é o que imaginamos para nós mesmos vendo nossos filhos passando pelo ensino médio”.
Parlamentares do Estado estão considerando um projeto de lei que arcaria com a demolição do prédio 12 da escola e o substituiria por um memorial para as vítimas do massacre do dia 14 de fevereiro.
Professor dos EUA é detido
Um professor de uma escola no Estado norte-americano da Geórgia que se fechou dentro de uma sala de aula deixando estudantes bloqueados no corredor foi preso nesta quarta-feira, depois que o diretor tentou abrir a porta e ele disparou um tiro, disse a polícia.
Nenhum estudante sofreu ferimentos, exceto por uma menina que sofreu uma pequena lesão no tornozelo ao correr na confusão que se seguiu ao incidente na Dalton High School em Dalton, cerca de 145 km ao norte de Atlanta, a capital do Estado, segundo a polícia.
Depois de responder a relatos de tiros na escola, a polícia disse que encontrou o professor escondido dentro de uma sala de aula.
O porta-voz do Departamento de Polícia de Dalton, Bruce Frazier, afirmou aos repórteres que o incidente começou quando um grupo de estudantes tentou entrar na sala de aula, mas foi impedido pelo professor.
Quando o diretor chegou e tentou abrir a porta com uma chave, um único tiro foi ouvido no interior da sala, provocando um bloqueio de segurança na escola, e a polícia foi notificada, disse Frazier.
Ele se recusou a dizer se acreditava que o incidente representava uma tentativa de suicídio, mas acrescentou: “Este professor, aparentemente, não queria envolver os alunos nesse incidente de forma alguma.”
Alunos da escola, estimados em 2.000, estavam sendo levados para um centro de convenções próximo em Dalton, disseram autoridades.
O incidente ocorreu duas semanas após um tiroteio em uma escola da Flórida ter deixado 17 mortos e levado o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a defender que professores se armem como forma de proteger os alunos.
“É realmente sério depois de tantas coisas que aconteceram em todo o país”, disse o estudante Ricardo Perez à rede de televisão WTVC-TV em uma entrevista por telefone após o incidente. “Estou chocado, não posso acreditar. Achei que era um sonho.”