Mundo As autoridades confirmaram a primeira morte ligada à série de incêndios florestais no Estado norte-americano da Califórnia
Por Redação O Sul | 9 de dezembro de 2017
As autoridades norte-americanas confirmaram o primeiro registro de morte relacionada à série de incêndios florestais que atinge o Sul do Estado da Califórnia, na Costa Oeste dos Estados Unidos. Ao todo, seis grandes focos de chamas continuam ativos em Ventura, San Diego e Los Angeles. A causa do fogo ainda é desconhecida.
De acordo com os órgãos de imprensa locais, uma mulher de 70 anos foi encontrada morta em Santa Paula, na quarta-feira. O corpo da idosa estava dentro de um carro e apresentava sinais de inalação de fumaça, além de queimaduras.
O fogo, que começou na última segunda-feira, já destruiu mais de 500 construções. Milhares de famílias estão sem energia elétrica e mais de 200 mil pessoas precisaram deixar a região.
Representantes do distrito unificado de escolas de Los Angeles, que tem mais de 640 mil alunos e é o segundo maior dos Estados Unidos, informaram que nunca haviam fechado mais que a quarta parte de suas quase 1,1 mil escolas, medida que na sexta-feira chegou ao seu segundo dia consecutivo. Em caráter preventivo, a Universidade da Califórnia em Santa Barbara também cancelou as aulas no final de semana.
O Incêndio Thomas, na região Noroeste de Los Angeles, já aumentou de 38,8 mil para 46,5 mil hectares e destruiu 439 estruturas, contabilizaram as autoridades da Califórnia. Mais de 2,6 mil bombeiros de lugares distantes como Portland, Oregon e Nevada estão enfrentando as chamas, cuja contenção ainda não chegou a 5%.
Ao norte de San Diego, o chamado “Incêndio Lilac” aumentou para 1,7 mil hectares em poucas horas na quinta-feira, informou o Cal Fire, levando o governador do Estado, Jerry Brown, a declarar um estado de emergência no condado de San Diego.
As chamas destruíram pelo menos 20 estruturas e provocaram retiradas de moradores e interdições de rodovias. Tanques de gás propano localizados debaixo de várias casas explodiram devido ao calor, soando como bombas, de acordo com um fotógrafo da agência Reuters presente no local.
No enclave à beira-mar de Faria Beach, situado entre as montanhas em chamas e o Oceano Pacífico ao nordeste de Ventura, o fogo se espalhava pelas colinas.
Estado de emergência
Na sexta-feira, o presidente norte-americano, Donald Trump, declarou estado de emergência em todo o Estado da Califórnia e ordenou que o governo federal preste assistência adicional, devido aos incêndios que desde segunda-feira assolam a região, uma das mais ricas dos Estados Unidos.
Através desta diretiva, o líder republicano autorizou o Fema (Departamento de Segurança Nacional e a Agência Federal de Gestão de Emergências, na sigla em inglês) a coordenar “todos os esforços nas tarefas de socorro”, de acordo com um comunicado da Casa Branca. “O objetivo da medida é aliviar o sofrimento da população local e prestar assistência às autoridades estatais, locais e tribais”, frisou o informe.
Os vários incêndios que deflagraram desde segunda-feira na Califórnia levaram à retirada de cerca de 200 mil pessoas. Na quinta-feira, as autoridades lançaram, pela primeira vez, o alerta Violeta (índice máximo) devido aos fortes ventos que sopram na região e que atingiram 130 quilómetros por hora, dificultando o combate às chamas.
