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Por Redação O Sul | 25 de junho de 2016
Quando saiu da prisão na sexta-feira, o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró levou só a roupa do corpo. Deixou para trás casaco, livros e até remédios. Tudo ficou na sede da PF (Polícia Federal) em Curitiba (PR), onde passou a maior parte do último um ano e meio de prisão. Na véspera de sair, disse que não queria levar nada de lá. Segundo seu advogado Beno Brandão, Cerveró falava aliviado que “finalmente” iria embora, e que só queria “esquecer tudo”.
Pouco depois de chegar a custódia da PF, em janeiro de 2015, ele passou a ter crises de choro e ansiedade. A situação fez com que tivesse direito a tratamento psiquiátrico, com calmantes e sessões de terapia que terminaram há pouco. Apesar das crises, o ex-executivo resistiu quase meio ano até procurar a Justiça para fazer um acordo de delação premiada.
Nos primeiros meses, acreditava que sairia com um habeas corpus que nunca veio. Pesaram na decisão a perspectiva de não sair da cadeia, já que só em uma ação foi condenado a 12 anos de prisão, e a falta de dinheiro para a família. Com dificuldades financeiras, mulher e filhos passaram a pegar Uber.
Agora, o ex-diretor da estatal, já em prisão domiciliar, parou com as crises de choros e a ansiedade que era acometido nos tempos da cela em Curitiba. (Folhapress)