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Por Redação O Sul | 18 de abril de 2016
Após a derrota do governo na votação do impeachment da presidenta Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, as eleições presidenciais de 2018 já começam nesta segunda-feira para o PT. A avaliação é da socióloga Fátima Jordão, fundadora do Instituto Patrícia Galvão. “Já o pleito deste ano será marcado por ajustes e troca de partidos”, complementou a especialista.
O também sociólogo Rogério Mendes, professor da Universidade Mackenzie, estimou que o Palácio do Planalto ainda tem uma “carta na manga”, ou seja, deve judicializar a questão. “Haverá uma enxurrada de recursos a serem julgados pelos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), tornando ainda mais confusa a situação política”, previu Mendes.
Os dois especialistas acreditam em uma tendência, a partir desta segunda-feira, de aumento das manifestações a favor de novas eleições o mais breve possível, sobretudo por parte de setores governistas. “Pesquisas apontam que apenas o impeachment é uma medida considerada insuficiente pela sociedade”, concordam.
A iniciativa de um grupo de senadores que planeja protocolar uma proposta de emenda à constituição, pedindo a antecipação das eleições de 2018 para outubro deste ano, é vista por Mendes como casuísmo. “Isso sim, parece um golpe”, ironizou. (AG)