Sábado, 07 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 21 de julho de 2024
De Moscou a Jerusalém, as reações internacionais surgiram logo após o anúncio do presidente americano, o democrata Joe Biden, de desistir de disputar um segundo mandato no comando da Casa Branca contra o ex-presidente republicano Donald Trump.
Rússia
O Kremlin reagiu anunciando que acompanha “com atenção” a evolução dos acontecimentos. “As eleições [nos Estados Unidos] são dentro de quatro meses. É muito tempo, durante o qual muitas coisas podem mudar. Devemos estar atentos, acompanhar o que vai acontecer”, declarou o porta-voz do Kremlin Dmitri Peskov ao veículo de imprensa Life.ru.
Israel
Em Jerusalém, o presidente israelense, Isaac Herzog, agradeceu ao presidente americano “por seu apoio inabalável ao povo israelense”. “Quero expressar meus mais sinceros agradecimentos a Joe Biden por sua amizade e seu apoio inabalável ao povo israelense ao longo de décadas de sua longa carreira”, manifestou-se Herzog em uma postagem na rede X.
“Enquanto primeiro presidente americano a visitar Israel em tempos de guerra […] e enquanto verdadeiro aliado do povo judeu, ele é um símbolo do laço indefectível entre nossos povos”, acrescentou.
Polônia
O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, saudou o presidente Biden, ao avaliar que ele deixou “a democracia mais forte”. “O senhor tomou muitas decisões difíceis, graças às quais a Polônia, os Estados Unidos da América e o mundo estão mais seguros e a democracia, mais forte”, reagiu o dirigente polonês, também pela rede X.
“Eu sei que o senhor foi movido pelas mesmas motivações ao anunciar sua decisão final. Provavelmente, a mais difícil de sua vida”, acrescentou.
Alemanha
Em Berlim, o chanceler Olaf Scholz saudou uma decisão que merece “respeito”. “Meu amigo Joe Biden realizou muitas coisas: para seu país, para a Europa, para o mundo”, escreveu Scholz no X, acrescentando: “sua decisão de não voltar a se candidatar merece respeito”.
Grã-Bretanha
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, também disse, na noite desse domingo, “respeitar” a decisão do presidente americano. “Eu sei que, como fez ao longo de sua carreira notável, tomou sua decisão em função daquilo que considera ser o melhor para o povo americano”, acrescentou no X.
Brasil
A saída de Biden da corrida presidencial dos Estados Unidos também repercutiu entre políticos brasileiros.
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse que a decisão do presidente norte-americano foi uma “demonstração enorme de grandeza política”.
“Política não é personalismo, mas, sim, serviço a favor das ideias e valores. Biden dá demonstração enorme de grandeza política ao compreender que os democratas precisam de um fato novo para enfrentar o conservadorismo extremista que ameaça o mundo”, disse.
Líder do Governo Lula na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT) seguiu linha semelhante. Ele afirmou que a desistência de Biden é “um gesto de grandeza em defesa da democracia e dos direitos humanos” que “entrará para a história dos Estados Unidos”.
Chefe da assessoria especial da Presidência da República e ex-ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim comentou sobre a possível escolha democrata para substituir Joe Biden na corrida presidencial.
“Claro que a gente tem simpatia pela Kamala Harris, mas é o povo americano que decide”, disse. “Não vou falar muito sobre política americana porque não gosto muito quando falam de política brasileira”, completou o ex-chanceler.
Já deputados e senadores de partidos da oposição afirmam que a desistência de Biden demonstra a “fraqueza” do Partido Democrata e crescimento da direita nos Estados Unidos.
Em publicação no X, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou: “Biden EUA está fora! Quando o Biden brasileiro vai sair?”