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Por Redação O Sul | 4 de maio de 2018
O cliente bancário está cada vez mais migrando para os serviços disponíveis por meio de aplicativos para telefone celular. Uma pesquisa intitulada “Tecnologia Bancária 2018”, divulgada nesta semana pela Febraban (Federação Brasileira dos Bancos), apontou que no ano passado houve um crescimento de 70% nas transações financeiras dessa modalidade, conhecida como “mobile banking”.
O desempenho foi impulsionado pelos pagamentos de contas (85%), transferências tipo DOC e TED (45%), contratações de crédito (141%) e investimentos ou aplicações (42%). Nesse período, os clientes bancários realizaram 25,6 bilhões de transações desse tipo. A modalidade equivale a 35% do total de 71,8 bilhões de operações bancárias no ano passado.
A participação do mobile no total das transações bancárias cresceu 3,5 vezes em relação a 2011, confirmando como a opção preferida para realizar operações bancárias. A internet banking, por exemplo, não apresentou o mesmo crescimento significativo das operações por celular. Foram realizadas 15,8 bilhões de transações (2%) por esse meio. O número de transações com movimentação financeira aumentou 6%, de 3,4 bilhões de operações em 2016 para 3,6 bilhões em 2017.
Juntos, ao longo de 2017 os serviços de “mobile” e “internet banking” contabilizam 5,3 bilhões de operações envolvendo movimentação financeira. De um modo geral, esses dois canais representam 58% de participação no total das operações (com ou sem movimentação financeira). A pesquisa é realizada desde 1992 e contou com a participação de 24 bancos.
Investimentos e despesas
De acordo com a Febraban, os investimentos e despesas em tecnologia feitos pelo setor financeiro somaram R$ 19,5 bilhões em 2017, o que significa um aumento de 5% em relação ao ano anterior. O setor financeiro divide a liderança dos investimentos em tecnologia com o governo, que, historicamente, lidera esse quesito no segmento.
As transações bancárias em 2017 somaram 71,8 bilhões, com alta de 10% para os 65,4 bilhões de 2016. Os investimentos com software (programas de computador e aplicativos, por exemplo), que avançaram 15% em relação a 2016, já representam metade do orçamento dos bancos em tecnologia. Hardware consumiu 32% dos investimentos, e telecom, 18%.
Redução de agências
Em 2017, o número de agências tradicionais teve uma ligeira queda. A pesquisa da Febraban apontou que a redução ocorre pelas recentes aquisições, com as consequentes eliminações de agências por conta das sobreposições existentes na rede.
O número de postos especializados de atendimento bancário (conhecidos nos meios bancarios pela sigla PAB) teve um aumento de 3% em 2017, enquanto o número de postos de atendimento eletrônico (cuja sigla é PAE) teve um movimento oposto, com uma queda de 6%.