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Brasil Às vésperas de completar um ano da eleição do presidente Jair Bolsonaro, a divisão na centro-esquerda aprofundou-se e não há perspectiva de união

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A ascensão meteórica de Guilherme Boulos (PSOL) na disputa do 2º turno em São Paulo o torna o maior nome nacional da esquerda hoje. (Foto: Reprodução de TV)

Às vésperas de completar um ano da eleição do presidente Jair Bolsonaro, a divisão na centro-esquerda aprofundou-se e não há perspectiva de união. A oposição a Bolsonaro comportou-se como “barata tonta”, ficou na defensiva e presa a disputas partidárias, segundo lideranças desse campo político.

O descontentamento de dirigentes de legendas como PSB, PDT e PCdoB com o PT aumentou, e no lugar da construção de uma frente ampla, com uma possível candidatura única à Presidência em 2022, os partidos defendem pré-candidatos próprios. Há pelo menos seis nomes sendo articulados.

Lideranças de partidos de centro-esquerda reconhecem as falhas na oposição ao governo e reclamam da prioridade dada pelo PT à bandeira do “Lula Livre”. Para dirigentes, é um erro ter como foco a liberdade do ex-presidente, e não a discussão de uma agenda de desenvolvimento econômico e social.

Em meio a brigas, a oposição já debate como potenciais candidatos presidenciais o ex-governador Ciro Gomes (PDT); o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB); o coordenador da frente de esquerda Povo Sem Medo e do MTST Guilherme Boulos (PSOL); o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa (PSB); o ex-candidato presidencial do PT Fernando Haddad (PT) e o governador da Bahia, Rui Costa (PT).

Candidato do PSOL à Presidência em 2018, Boulos disse que nos primeiros meses do governo a esquerda perdeu a capacidade de reação e ficou perplexa. “A oposição ficou como ‘barata tonta’ no primeiro semestre”, afirmou Boulos. “A esquerda precisa se reconectar com sua base social e ter mais protagonismo. Não pode ficar presa a firulas, a brigas de cúpulas partidárias”, disse. “Precisamos ter uma agenda de enfrentamento, que não fique na defensiva. Não se pode ter uma oposição dócil e bem comportada. Ou que fique só na internet e fazendo bravatas.”

Entre março e maio, Boulos percorreu 15 Estados e neste mês visitará outros oito, mas desconversou sobre a pré-candidatura. “O cenário para 2022 está muito aberto e é preciso fazer o enfrentamento a Bolsonaro agora. Corremos riscos. Pode ser que não sobre muita coisa com todo o retrocesso desse governo.”

Integrante da Executiva nacional do PSB, o ex-deputado Beto Albuquerque afirmou que a “esquerda sofre pelo hegemonismo do PT” e disse que falta “autocrítica”, sobretudo dos petistas. “Não podemos ficar só no discurso extremado, de direita contra esquerda, sem enxergar os defeitos dos [nossos] líderes”, afirmou. “O slogan do ‘Lula Livre’ não nos une. A população não se identifica com isso, em um País com mais 28 milhões de desempregados ou subempregados, com retrocessos nos costumes e direitos ameaçados. Não podemos ficar reféns de velhos bordões.”

Para o dirigente do PSB, o candidato da oposição em 2022 não deve ser petista. Albuquerque, no entanto, sabe que essa tese enfrenta resistência. “O PT tem muita dificuldade de apoiar outro candidato e isso é um muro nas nossas relações”, disse. “Para o PT, é cada um por si e todos por ele. O partido tornou-se uma ‘presa’ fácil nas eleições, mas prefere perder a apoiar outro. Precisa assumir que há momentos em que ele não é o remédio para os problemas”, declarou. As informações são do jornal Valor Econômico.

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