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Notícias Assessor denuncia esquema no Paraná após governador dizer que nem o conhecia

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Casa Civil do governo paranaense negou proximidade do governador Richa com Caramori. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)

Ex-assessor do governo do Paraná, o fotógrafo Marcelo Caramori, 51 anos, tatuou no antebraço direito a devoção ao líder político: “governador 100% Beto Richa”. Decepcionado com o tucano, que o renegou publicamente, mudou a tatuagem para “100% família”. Preso em Londrina (PR), acusado de integrar rede de exploração sexual infantil, Caramori se tornou uma das principais testemunhas de dois casos de corrupção investigados pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).

Tchello, como é conhecido na cidade, prestou sete depoimentos aos promotores. Fez um acordo de delação premiada e, em troca da liberdade, contou o que sabia. Foi ele que citou a enorme influência de Luiz Abi Antoun, o primo distante de Beto Richa (PSDB), no esquema que, segundo o MP-PR (Ministério Público do Paraná), desviou milhões de reais na Receita estadual. O fotógrafo disse que Abi respondia por arrecadar dinheiro para campanhas eleitorais do tucano.

Os depoimentos reforçaram as investigações da Operação Publicano: auditores fiscais são acusados de cobrar propinas de empresários em troca de reduzir ou até anular dívidas tributárias. Também ajudou na apuração que apontou Abi como pivô da organização criminosa que fraudou licitação para a manutenção de carros oficiais. O Gaeco também investiga a participação de auditores na rede de exploração sexual.

Caramori é um tipo de faz-tudo. Piloto, fotógrafo e dono de estúdio, apresentou programa na TV e ganhou fama por fotografar mulheres. Acabou conhecendo muita gente. Mas nem o MP-PR, nem seu advogado sabem como passou a circular pela Receita em Londrina e por que, em 2011, Richa e o então secretário da Casa Civil decidiram nomeá-lo e comissioná-lo assistente da pasta.

Churrascos

Desde então, Caramori foi nomeado na Polícia Civil, na Secretaria de Governo, na Governadoria e promovido a assessor especial da Casa Civil, com salário superior a 6 mil reais. O fotógrafo organizava churrascos para auditores fiscais, dirigia o carro de Márcio de Albuquerque Lima, tido pelo MP-PR como um dos cabeças do golpe na Receita, e recebia Richa nas visitas a Londrina.

Caramori foi exonerado em janeiro deste ano após a prisão por exploração de menores. Ele admitiu os crimes, disse ter se relacionado com menores de idade, porém negou que aliciasse as garotas em festas. O auditor Luiz Antônio de Souza e o empresário José Luiz Favoretto também estão presos pelo mesmo crime. Souza assinou acordo de delação premiada e ajudou na investigação da Publicano.

Na cadeia, o fotógrafo motivou furor ao exibir a tatuagem do governador. Richa negou proximidade com o ex-assessor. “Ele, de forma estranha e incoerente, assegurou que nem conhecia o Tchello. O cara vivia abraçado com o Tchello, tem foto, eram bem-ligados e depois falou que não o conhecia direito, não lembrava, e que era abusador de criança”, afirmou o advogado Leonardo Vianna, que representa Caramori. O causídico proibiu seu cliente de dar entrevistas.

Em nota, a Casa Civil informou que Richa teve com Tchello a mesma relação que dispensa ao demais fotógrafos que atuam no governo. A nomeação dele, em 2011, ocorreu, segundo a pasta, após pedido do então secretário de Segurança, Reinaldo de Almeida César. O ex-dirigente, porém, assegurou que nunca indicou Caramori para nada. (Folhapress)

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https://www.osul.com.br/assessor-denuncia-esquema-no-parana-apos-governador-dizer-que-nem-o-conhecia/ Assessor denuncia esquema no Paraná após governador dizer que nem o conhecia 2015-06-08
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