Terça-feira, 18 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 20 de março de 2017
A Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne) e a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) criticaram nesta segunda-feira (20) a maneira como a PF (Polícia Federal) divulgou os resultados da Operação Carne Fraca.
Para os representantes das associações, a comunicação da operação foi feita de maneira equivocada e prejudica o setor. “A comunicação ensejou tudo isso”, disse Francisco Turra, da ABPA. “Passou uma imagem generalizada de que tudo no Brasil é ruim, e não é isso.”
Durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira, os representando do setor procuraram mostrar que os problemas foram pontuais, localizados, de forma a evitar que a imagem da carne brasileira seja prejudicada.
“A generalização é um caos, é catastrófica, não pode existir nunca, porque destrói a imagem do produto e do País”, afirmou Turra. “Se a gente não tiver interesse pelo emprego, pelo agro, bom, aí, que bom, vamos generalizar. Vamos chegar, ó: um saco de soja no Mato Grosso colhido com uma proteína nociva à saúde, produção brasileira toda contaminada. É isso? Não. Pelo amor de Deus”.
Unidades suspensas
As associações informaram que cinco plantas tiveram sua capacidade de produzir e exportar suspensas de forma preventiva após o início da operação. Desse total, uma é de bovino, e as outras, de aves, suínos e equídeos.
Segundo representantes das associações, dessas empresas com certificação suspensa, quatro estão impedidas de exportar para a União Europeia. Além disso, uma delas exporta para Hong Kong.
As plantas tiveram a suspensão das certificações, o que significa que não podem operar nem no mercado interno nem no externo. As associações não informaram o nome das empresas envolvidas nessas suspensões.
Seis das 21 unidades investigadas na Operação Carna Fraca exportaram nos últimos 60 dias, afirmou o presidente Michel Temer, no domingo (19), sem dizer os países para os quais se deu a exportação. (AG)