Terça-feira, 17 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 25 de junho de 2023
Ativistas favoráveis e contrários ao aborto realizaram diversas manifestações em cidades dos Estados Unidos nesse fim de semana, que marcou um ano da decisão da Suprema Corte que reverteu a deliberação “Roe v. Wade”, responsável pela legalização do procedimento no país.
Na capital Washington, representantes de grupos nacionais pelo direito ao aborto, como a Marcha das Mulheres e a Naral Pró-Escolha América, reuniram-se no Columbus Circle para comemorar a derrota de alguns adversários do aborto nas eleições de meio de mandato em 2022. Os manifestantes também reuniram eleitores antes para o pleito de 2024, que definirá o presidente norte-americano e integrantes do Congresso.
No outro lado da cidade, no Lincoln Memorial, grupos anti-aborto, como o Estudantes Pela Vida América, realizaram o comício “Dia Nacional de Celebração da Vida”. O ex-vice-presidente Mike Pence, pré-candidato republicano à Casa Branca, estava entre as pessoas que discursaram no evento.
“Nunca descansaremos até que se restaure a santidade da vida no centro da lei norte-americana em cada Estado deste país”, disse Pence, em uma manifestação política em Iowa.
Vice-presidente
Já em Charlotte, Carolina do Norte, uma multidão gritou “mais quatro anos” enquanto a vice-presidente Kamala Harris, democrata, discursava a favor de legislação nacional que proteja o direito à interrupção da gravidez.
Uma nova lei apoiada pelos republicanos entrará em vigor naquel Estado no dia 1º de julho, reduzindo de 20 para 12 semanas o prazo máximo de gestação para procedimentos que possam interrompê-la.
“Sabemos que esta luta não será vencida de verdade até garantirmos esse direito para todos os norte-americanos, o que significa, no fim das contas, que o Congresso dos Estados Unidos terá que repor o que a Suprema Corte retirou”, declarou Kamala.
Em maio, cerca de 65% dos norte-americanos que responderam a uma pesquisa do instituto Ipsos afirmaram ter menor inclinação a votar em um candidato à Presidência da República que apoie leis que restrinjam de forma severa o aborto. Já 34% apontaram tendência a apoiar candidatos com posição oposta a essa.