Domingo, 12 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 10 de setembro de 2019
Nessa terça-feira, uma audiência pública na prefeitura de Porto Alegre esclareceu questões que envolvem o edital de concessão do chamado “Trecho 2″ da Orla do Guaíba. “O projeto é o primeiro passo para a valorização desse espaço público da cidade, oferta de melhores condições de lazer e serviços públicos à população”, ressaltou o secretário municipal de Parcerias Estratégicas, Thiago Ribeiro.
“Os maiores valores previstos no contrato são justamente os referentes à operação, manutenção, conservação e preservação do parque, principal ponto do projeto”, acrescentou. Com relação às questões levantadas sobre atividades náuticas, ele esclareceu que serão instalados alguns trapiches e rampas de acesso, como primeiro passo para a construção de uma marina pública.
Já o secretário municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Germano Bremm, enfatizou a importância de parceria para a consolidação da iniciativa: “Nós, que discutimos o plano diretor na Secretaria, ficamos muito contentes quando conseguimos enxergar projetos em que não há necessariamente aporte de recurso público e a iniciativa privada pode investir e fazer entregas para a cidade”.
Detalhes
O edital para contratação da empresa que vai executar a obra deve ser publicado no mês que vem, prevendo a concessão de uma área de 134,4 mil metros quadrados e 850 metros de extensão, mais faixa de água, entre a Rótula das Cuias e o Arroio Dilúvio, com investimento estimado em R$ 70,5 milhões. A escolha terá como critério a maior oferta de outorga fixa.
Caberá à concessionária vencedora da licitação construir a infraestrutura do trecho, fazer a manutenção preventiva e corretiva das edificações e equipamentos, além de se encarregar da limpeza e segurança no local. O permissionário deverá também zelar pela flora e a fauna do parque e monitorar suas condições.
Não poderá ser cobrado ingresso para acesso ao parque, mas apenas para uso de equipamentos, como roda-gigante (o plano prevê uma das maiores da modalidade no País) e outros que forem instalados no local. Banheiros e bebedouros deverão estar disponíveis gratuitamente.
A representante do Unops (Escritório das Nações Unidas e Serviços para Projetos), Lívia Alen, declarou que a instituição se orgulha por fazer parte do projeto: “O contrato garantirá um parque inclusivo e que respeitará o meio ambiente. Todas as intervenções priorizarão o conceito da sustentabilidade, considerando eficiência e economia de recursos e atentando para o mínimo impacto ao meio ambiente e à paisagem”.
A Unops é apoiadora da elaboração do projeto de concessão e do edital, junto com o Instituto Semeia. Também participaram do encontro o gerente do projeto, Rodrigo Góes, o especialista em parcerias e parques do Instituto Semeia, Rafael Pinheiro, e a vereadora Lourdes Sprenger, representando a Câmara Municipal de Porto Alegre, dentre outros.
(Marcello Campos)