Por Redação O Sul | 29 de abril de 2020
Ação coordenada pelo governo do RS garante conserto de respiradores artificiais.
Foto: Maicon Hinrichsen/Palácio PiratiniAs mortes de uma mulher de 54 anos em Venâncio Aires (Vale do Rio Pardo) e de uma idosa de 89 anos em Lajeado (Vale do Taquari) elevaram para 51 o número de casos fatais de coronavírus no Rio Grande do Sul, informou o mais recente boletim epidemiológico da SES (Secretaria Estadual da Saúde). Já os diagnósticos positivos da doença totalizam 1.420 casos desde a primeira notificação, em 10 de março – destes, 825 (58%) estao curados.
No caso da vítima de 54 anos, ela estava no Hospital São Sebastião Mártir no domingo e faleceu nesta quarta-feira (29). O seu histórico de saúde incluía fatores de risco como doença cardiovascular. Já a mais velha faleceu no domingo, um dia após ser internada. Ela sofria de doenças respiratória e neurológica crônicas.
A estatística atualizada acrescentou 52 novos casos de infecção em Lajeado (12), Passo Fundo (6), Marau (4), Novo Hamburgo (4), Porto Alegre (4), Sapucaia do Sul (4), Venâncio Aires (3), Canoas (2), Farroupilha (2), Garibaldi (2), Bom Retiro do Sul, Pelotas, Santiago, Sapiranga, Taquari e Triunfo. Além dessas cidades, Palmeira das Missões (2), Jaguari e Saldanha Marinho aparecem pela primeira vez na lista.
Ao todo, 137 dos 497 municípios gaúchos têm pelo menos uma ocorrência de Covid-19. O rannking é encabeçado por Porto Alegre (447 casos), seguida por Passo Fundo (135), Lajeado (84), Marau (65), Caxias do Sul (49), São Leopoldo (41), Novo Hamburgo (31), Bagé (29), Santa Maria (25), Canoas (24), Viamão (21), Gravataí (20) e Pelotas (20).
Novos leitos na Capital
Porto Alegre ganhará, em junho, uma nova estrutura hospitalar com 62 leitos de média complexidade em área anexada ao HI (Hospital Independência), que pertence à rede pública municipal gerida pela Sociedade Sulina Divina Providência, na Zona Leste. Segundo a prefeitura, o incremento solucionará uma necessidade emergencial de atendimento a casos de coronavírus e, após a pandemia, será incorporado de forma permanente ao sistema municipal de saúde.
Com isso, o HI passa dos 100 atuais leitos para 162, aumentando sua capacidade de atendimento a pacientes da Capital e de todo o Estado. O detalhamento da operação foi anunciado pelo prefeito Nelson Marchezan Júnior nesta quarta-feira: “Trata-se de um momento muito simbólico, pela agilidade da entrega, o objetivo em comum, a capacidade técnica extremamente elevada e as melhores intenções que a gente podia esperar das empresas e hospitais envolvidos nesse projeto”.
Com 842 metros quadrados, a nova ala será erguida com módulos metálicos de 6m x 3,2m, a serem produzidos em cerca de 35 dias, conforme estimativa da construtora contratada. Serão 12 quartos (dez coletivos e dois individuais) com 12 sanitários, posto de enfermagem, salas de serviços, farmácia, rouparia, copa e área técnica, além de uma rampa que fará a integração ao primeiro pavimento.
Participam da parceria – inédita – os grupos empresariais Gerdau, Ipiranga e Zaffari, com uma doação voluntária de R$ 10,4 milhões para construção da ala de internação, além do Hospital Moinhos de Vento, que fornecerá materiais, equipamentos e medicamentos durante a pandemia, bem como o compartilhamento de práticas de gestão. A Sociedade Sulina Divina Providência, por sua vez, continuará responsável por gerenciar os serviços.
“Buscamos, ainda, a ampliação de leitos com respiradores”, acrescentou o chefe do Executivo. “Esperamos viabilizar, nesta semana, a aquisição de 200 equipamentos para as UTIs, que vão fazer a diferença entre a demanda dos pacientes e o óbito.”
(Marcello Campos)
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