Terça-feira, 23 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 31 de dezembro de 2015
A inflação médica deverá atingir seu recorde histórico no ano que vem, encostando em 20%, de acordo com projeções da CNS (Confederação Nacional da Saúde), a entidade dos prestadores de serviços do setor.
No jargão de mercado, inflação médica é a variação de custos médicos e hospitalares, um cálculo que inclui a mudança de preços e o aumento da frequência de uso de serviços de clínicas, laboratórios, hospitais, etc.
A expectativa para a inflação dos demais preços é de cerca de um terço disso – pelo boletim Focus, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) deverá ser de 7,04%.
“Essa diferença não é exclusividade do Brasil”, afirmou o vice-presidente de Saúde da Seguradora SulAmérica, Maurício Lopes. “A inflação médica versus a ordinária flutua entre duas vezes e cinco vezes ao redor do mundo”, completou ele.
O aumento decorre de novas tecnologias, que custam caro, e do envelhecimento da população, que passa a precisar mais de assistência médica, disse o presidente da CNS, Tércio Kasten. “É muito preocupante. As seguradoras precisarão repassar o aumento, mas as empresas que contratam planos não vão ter dinheiro”, avaliou.
De acordo com o presidente da NotreDame Intermédica, Irlau Machado, os segurados de planos coletivos que temem perder seus empregos buscam mais o serviço, o que pressiona a inflação médica. (Folhapress)