Segunda-feira, 12 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 22 de julho de 2015
Um australiano foi sentenciado a oito anos de prisão por arranjar um casamento islâmico entre sua filha de 12 anos e um homem com o dobro da idade da menina. O pai alega que permitiu que o libanês de 26 anos se casasse com a menina para impedir que ela tivesse relações sexuais fora do matrimônio.
A Justiça australiana condenou o homem de 63 anos por incentivar um menor de 14 anos a atividade sexual ilegal. Durante a leitura da sentença em Sydney, a juíza responsável pelo caso afirmou que o pai da adolescente, que não foi identificado para a proteção da menina, “falhou” com sua filha. Ela afirmou também que crenças religiosas não justificam as ações do pai e que a punição agiria como impedimento para outros casos semelhantes.
O pai afirmou à Corte responsável por seu caso que considerava sexo fora do casamento um pecado, por isso, assim que sua filha atingiu a puberdade, ele decidiu que a menina deveria se casar. Quando o libanês, que estava na Austrália com visto de estudante, demostrou interesse, ele escalou um sheik local para conduzir a cerimônia, que aconteceu no ano passado.
O casamento, que não é reconhecido pela lei australiana, foi consumado em um hotel na noite da cerimônia, com a permissão do pai, afirma uma rede de televisão. A Justiça australiana afirma que, mais tarde, a menina sofreu um aborto. As autoridades locais assumiram os cuidados da adolescente. (AE)