Segunda-feira, 12 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 15 de abril de 2016
O jurista Miguel Reale Júnior, um dos autores do pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, afirmou nesta sexta-feira (15), no plenário da Câmara, que as pedaladas fiscais cometidas pelo governo não são “meras infrações administrativas”, mas, sim, “um crime contra a Pátria”. Ele disse ainda que Dilma cometeu um “golpe” ao “quebrar o País” e “mascarar” a situação econômica, para garantir a reeleição.
“Cismam os palacianos em dizer que [o impeachment] se trata de um golpe. Golpe se houve quando se sonegou a revelação de que o País estava quebrado. Golpe, sim, houve quando se mascarou a situação fiscal do País. Continuaram a fazer imensos gastos públicos e tiveram que se valer de empréstimos de entidades financeiras controladas pela União, para mascarar a situação do Tesouro Nacional”, afirmou.
Para Miguel Reale, Dilma agiu com “gravíssima irresponsabilidade ao jogar o País na lama”. “Vai dizer que não é crime? É golpe”, completou. Ele usou, em sua fala, 19 dos 25 minutos a que tinha direito na sessão da Câmara que debate o processo de impeachment. (AG)