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| Autoridades paraguaias detêm cinco brasileiros supostamente membros do PCC

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Brasileiros detidos em Pedro Juan Caballero. (Foto: Divulgação)

O Ministério do Interior do Paraguai informou nesta terça-feira (26) que cinco brasileiros, supostamente membros da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), foram detidos no país após uma perseguição e tiroteio na cidade de Pedro Juan Caballero, que faz fronteira com o Mato Grosso do Sul. A informação é da agência de notícias EFE.

O principal detido é Murillo Rodrigues Nogueira, que segundo o ministério é “integrante de uma pesada célula criminosa vinculada a assaltos a caminhões blindados e com ordem de prisão no Brasil”. Outras quatro pessoas: Danilo Vicente Ignácio, João Paulo Ramos, Mayra Natanaelly Guedes de Moura e Erica dos Santos também foram detidas pelas autoridades paraguaias depois da operação realizada no último fim de semana. Os cinco estariam também praticando assaltos em Ponta Porã.

Eles foram detidos na avenida Brasil esquina com a Ruta V em um Gol azul com placas IBE 231 do Paraguai. No momento da abordagem um deles armado com uma pistola atirou várias vezes contra os policiais que revidaram. Com a reação dos policiais paraguaios os cinco acabaram se entregando.

Os detidos tinham em sua posse “pistolas do tipo Glock 17, carregadores, projéteis, telefones celulares e quantidades de maconha”, afirmou a fonte. Além disso, o comunicado destacou que as autoridades brasileiras se interessaram pelos detidos e ambos os países estão trabalhando no “intercâmbio de dados e informações de importância para avançar nas investigações em questão”.

Agora as investigações prosseguem para saber se eles participaram de um assalto a uma empresa de transporte de valores em Araçatuba no interior paulista onde um policial morreu.

As cidades fronteiriças entre o Paraguai e o Brasil são as principais rotas regionais do tráfego de cocaína e maconha, segundo as autoridades antidrogas.

“Laços de Sangue – A História Secreta do PCC”

“Eu sabia que ele tinha passado [à polícia] os nossos telefonemas. A gente sabe que foi o Marcola. Ele fez isso porque sabia que iria morrer.” As frases foram ditas em maio de 2003 pelo criminoso José Márcio Felício, o Geleião, durante depoimento realizado em uma sala do Deic (então Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado da Polícia Civil de São Paulo).

Aos 42 anos de idade, ele tinha muito o que contar: vivendo em celas desde os 18,já havia cometido assassinatos dentro dos muros das prisões por onde passou e fundara, com outros sete companheiros da Casa de Custódia de Taubaté, aquela que viria ser a maior facção criminosa do País, o PCC (Primeiro Comando da Capital).

Quando depôs ao promotor Marcio Sergio Christino e a um grupo de policiais, Geleião já era um colaborador da Justiça. Meses antes, ele e seu amigo, o também fundador do PCC César Augusto Roriz Silva, o “Cesinha”, foram destituídos da cúpula da organização pelo assaltante de bancos Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, que ascendia à chefia da facção.

No vídeo do depoimento que durou uma hora, inédito até esse momento, os investigadores do Deic tentam surpreendê-lo: foi por meio de Marcola, dizem os policiais, que eles tiveram acesso aos números de telefones celulares usados por Cesinha e Geleião em suas celas e assim conseguiram grampeá-los.

Geleião responde sem se alterar: “[Marcola fez isso] Porque ele sabia que ia morrer quando nós saísse (sic). Porque em 1986 ele já tinha dado o César [entregado à polícia]”. Cesinha e Marcola eram amigos de infância e começaram juntos no mundo do crime.

Catorze anos depois do depoimento de Geleião, um livro recém-publicado trouxe a revelação de que Marcola agiu como informante da polícia com o objetivo de prejudicar os dois concorrentes e se firmar no comando do PCC.

“Depois de ascender à liderança, o vaidoso Marcola, o Playboy, almejou mais. Ele queria ser o líder do PCC. Mas de que maneira ele neutralizaria a Cesinha e Geleião? Ele virou um informante – foi ele quem entregou para a polícia os números dos telefones usados pelo Zé Márcio e por Cesinha. Foi ele também quem indicou a existência das centrais telefônicas [do PCC]”, lê-se na obra “Laços de Sangue – A História Secreta do PCC” (editora Matrix), escrita pelo hoje procurador Marcio Sergio Christino em parceria com o jornalista Claudio Tognolli.

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https://www.osul.com.br/autoridades-paraguaias-detem-cinco-brasileiros-supostamente-membros-do-pcc/ Autoridades paraguaias detêm cinco brasileiros supostamente membros do PCC 2017-12-26
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