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Brasil Avião que caiu com o cantor Gabriel Diniz não tinha autorização para fazer táxi aéreo

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Cantor Gabriel Diniz, que tinha 28 anos, em seu último show. (Foto: Reprodução/Instagram)

A aeronave que caiu no fim da manhã desta segunda-feira (27) e que levava o cantor Gabriel Diniz, 28 anos, não tinha autorização para fazer táxi aéreo. Ele e os outros dois ocupantes do avião morreram na queda. O corpo de Gabriel será velado e sepultado em João Pessoa, na Paraíba, nesta terça-feira (28).

Segundo informações da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), a aeronave é do Aeroclube de Alagoas e tinha a autorização apenas para fazer voos de instrução.

Ainda de acordo a agência, a aeronave tinha o Certificado de Aeronavegabilidade, ou seja, autorização para voar, até 2023. A inspeção mecânica do monomotor também estava em dia e vigente até 2020.

O monomotor Piper, modelo PA-28-180, tinha o prefixo PT-KLO. A aeronave foi fabricada em 1974 e tinha a capacidade para o transporte de apenas três passageiros, mais o piloto.

A queda ocorreu na cidade de Estância, próximo à Ponta do Saco, uma área de mangue e de difícil acesso. O Grupamento Tático Aéreo do Estado foi acionado para o resgate de corpos.

O piloto Linaldo Xavier está entre as vítimas confirmadas pela PM de Sergipe. Engenheiro eletricista, ele se dividia entre a profissão e a aviação executiva. Ele fez o curso de piloto no Aeroclube de Alagoas, onde estava registrada a aeronave que se acidentou.

O outro piloto que estava a bordo do monomotor era Abraão Farias. Linaldo e Abraão constam como diretores do Aeroclube de Alagoas, que é dono da aeronave.

A Aeronáutica disse em nota nesta segunda que já iniciou o processo de investigação pelo acidente. A investigação deverá contar com fotografias, documentos e testemunhos sobre o acidente. A Aeronáutica ressalta que sua investigação tem como objetivo prevenir novos acidentes do tipo.

Em nota, a Anac afirmou que está verificando as condições em que o transporte do cantor foi realizado e, no caso de comprovação de irregularidades, os responsáveis pela aeronave poderão ser multados e ter licenças e certificados cassados.

Em sua página em uma rede social, o Aeroclube de Alagoas, proprietário do monomotor, divulgava voos panorâmicos para interessados em avistar o litoral de Maceió de cima. De acordo com a Anac, a modalidade é permitida no caso de aeroclubes.

A aeronave acidentada já foi, inclusive, cenário de um ensaio de fotos protagonizado por um casal de noivos que moravam em cidades diferentes e, por isso, tinham que viajar com frequência para se verem.

Em fevereiro de 2019, o jornalista Ricardo Boechat também morreu em um acidente aéreo em um helicóptero que não tinha autorização para fazer táxi aéreo.

Comentando o acidente de Boechat, o engenheiro aeronáutico Shailon Ian, CEO da consultoria Vinci Aeronautica, disse que o transporte irregular de passageiros é “um dos maiores problemas enfrentados na aviação hoje”. “Uma empresa de táxi aéreo passa por um processo longo de certificação na Anac com várias exigências que quem pratica o transporte clandestino ou pirata não se submete”, afirma.

Passageiros que queiram usar o serviço de táxi aéreo devem tomar alguns cuidados como a análise da matrícula da aeronave (número de inscrição). Com o prefixo, é possível consultar o site da Anac, no item “Consulta RAB online”, para verificar se a aeronave é habilitada —deve aparecer o termo “táxi aéreo”.

A Anac afirma que, na consulta, é importante verificar a data de validade do certificado de aeronavegabilidade (CA) —que deve constar como “normal”— e da Inspeção anual de manutenção (IAM).

Para especialistas, entretanto, o sistema para checar a matrícula é pouco amigável.

​Além disso, a expressão “táxi aéreo” deve estar escrita perto da porta principal, na fuselagem, de forma bem visível.

Anac suspende operações de aeroclube dono de avião que caiu em Sergipe

A Agência Nacional de Aviação Civil informou que decidiu suspender as operações do Aeroclube de Alagoas, proprietário da aeronave que caiu nesta segunda-feira, em Sergipe, vitimando o cantor Gabriel Diniz e os dois pilotos. A agência interditou também as nove aeronaves pertencentes à empresa.

“A aeronave, de matrícula PT-KLO, da fabricante Piper Aircraft e de propriedade do Aeroclube de Alagoas, estava registrada na categoria Instrução e não poderia prestar serviço fora da sua finalidade, incluindo o transporte remunerado de pessoas”, disse a Anac.

“Após a conclusão da investigação ou mesmo durante o andamento do processo administrativo instaurado, os responsáveis poderão ser multados e ter licenças e certificados cassados. Além da aplicação de sanções administrativas, a Anac pode encaminhar denúncia ao Ministério Público e à Polícia para que sejam tomadas medidas no âmbito criminal”, informou a agência.

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https://www.osul.com.br/aviao-nao-tinha-autorizacao-para-taxi-aereo/ Avião que caiu com o cantor Gabriel Diniz não tinha autorização para fazer táxi aéreo 2019-05-27
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