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Colunistas Balbúrdia de Bolsonaro

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(Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

O presidente Bolsonaro estava em Dallas, nos States. Lá de longe, emitiu opinião sobre os estudantes que tomaram as ruas de norte a sul do Brasil: “São idiotas úteis”. Leitores pediram ajuda à coluna. Queriam saber a etimologia da palavra.

Idiota vem do grego idiotes. Quando veio ao mundo, o vocábulo era inocente como recém-nascido. Não tinha a intenção de ofender. Queria dizer homem do povo, em oposição a aristocratas (classe culta). Com o tempo, tornou-se pejorativo. Passou a significar inculto, iletrado, bobo.

Tropeço do ministro

O ministro da Educação fez o que tinha de fazer. Convocado pelos parlamentares, foi à Câmara dos Deputados. Lá, falou sobre sucessos e fracassos dos estudantes. É dele a frase: “O aluno chega no sexto ano e começa a segunda onda de fracasso”.

Ops! Sua Excelência tropeçou na regência do verbo chegar. A gente chega a algum lugar. Bobear na preposição tem preço — não chegar a lugar algum. Melhor corrigir: O aluno chega ao sexto ano e começa a segunda onda de fracasso.

Boca no trombone

O governo está mais duro que os 13 milhões de desempregados brasileiros. Com os cofres vazios, precisou apertar os cintos. Contingenciou recursos da Esplanada. O MEC, que também sofreu a tesourada, bloqueou dinheiro das universidades federais. Resultado: estudantes e professores conjugaram o verbo protestar. Foram às ruas. Antes, consultaram o dicionário de regência verbal e descobriram que a preposição faz a diferença:

Protestar contra = insurgir-se: Estudantes protestam contra o contingenciamento de verbas. Povo protesta contra a má qualidade do transporte público. Os brasileiros protestam contra a corrupção.

Protestar por = clamar, bradar: Pais protestam por melhoras na qualidade do ensino. Estudantes protestam pela liberação de recursos. Nós protestamos por justiça.

GloboNews bobeia

“Policiais poderão conceder medidas protetivas à mulheres”, escreveu a GloboNews. UIIIIIIIIIIIIIII! Doeu. “A crase”, ensinou Ferreira Gullar, “não foi feita pra humilhar ninguém.” Foi feita pra indicar o casamento de dois aa. No caso, a preposição e o artigo.

O artigo que acompanha o substantivo mulheres é as. Na crase, a + as = às. Faltou o s. Melhor corrigir. Assim: Policiais poderão conceder medidas protetivas às mulheres. Ou assim: Mulheres poderão conceder medidas protetivas a mulheres.

Maya Angelou ensinou

“As palavras entram no corpo. Assim, fazem que nos sintamos bem, esperançosos, felizes, cheios de energia, maravilhosos, engraçados e alegres. Ou podem nos deixar deprimidos. Elas entram no corpo e fazem que fiquemos tristonhos, amargos, deprimidos e, finalmente, doentes.”

Leitor pergunta

Ora vejo sol escrito com letra maiúscula. Ora, com minúscula. Estou confuso. Pode jogar luz sobre a minha dúvida?

Carlos Alberto, Boa Vista

Sol se grafa com a inicial grandona quando designa o astro: Os Estados Unidos enviaram uma sonda ao Sol. Você viu o eclipse do Sol? O Sol é uma estrela de quinta grandeza.

Quando se refere à luz do Sol, a inicial é pequenina: Fujo do sol do meio-dia. Houve tempo em que as pessoas tomavam sol sem uso do filtro solar. Minha casa recebe o sol da manhã. O sol da liberdade, em raios fúlgidos, brilhou no céu da pátria nesse instante.

***

O sujeito está em coma, em transe, em pânico, em perigo, mas…

…de férias ou em férias?

Gilberto Paulino, Guarujá

Eta coisa boa! Tão boa que você pode escolher: Em julho vou estar de férias. Em julho, vou estar em férias.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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Cheiro de pólvora
https://www.osul.com.br/balburdia-de-bolsonaro/ Balbúrdia de Bolsonaro 2019-05-18
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