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Por Redação O Sul | 3 de julho de 2019
De acordo com informações divulgadas pelo Banco Central, o mercado financeiro cambial teve sua pior marca no mês de junho, desde 1982, quando o indicador começou a ser divulgado. No mês passado, saíram US$ 8,286 bilhões a mais do que entraram no país, no câmbio contratado. O motivo, aparentemente, seria a pressão sofrida pelo mercado financeiro.
O fluxo cambial não considera apenas as entradas e saídas efetivas de dólares, mas os saldos contratados, que estão fechados em contrato e definidos para ingressarem ou deixarem o país. O indicador é dividido em duas partes: a conta financeira, que mede os fluxos no mercado financeiro; e a conta comercial, que mede não apenas o saldo da balança comercial, mas também instrumentos como adiantamentos de contratos cambiais e linhas de crédito para comércio exterior.
Em junho, a conta financeira registrou déficit líquido de US$ 8,434 bilhões, o pior resultado para o mês desde 2017. Apenas na última semana daquele mês, o indicador registrou fuga de US$ 8,994 bilhões. Tradicionalmente, empresas e investidores fazem remessas de lucros e de dividendos no fim de cada semestre.
O fluxo comercial registrou superávit de US$ 148 milhões, no último mês. O resultado foi o pior para o período desde junho de 2014, quando houve déficit de US$ 1,772 bilhão. Na comparação com todos os meses, o indicador foi o pior desde janeiro deste ano (-US$ 497 milhões).