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Brasil Banco Central indica nova alta de juros para colocar inflação na meta em 2016

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No entanto, de janeiro para fevereiro, IPCA-15 subiu de 0,31% para 0,54%, puxado pelo grupo de gastos com educação, cuja alta chegou a 5,17% (Foto: Reprodução)

O BC (Banco Central) deu indicações que o trabalho de aumento das taxas não terminou na semana passada, quando a instituição elevou a Selic (a taxa básica de juros) de 12,75% para 13,25% ao ano.
Na ata da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) divulgada nesta quinta-feira, a instituição afirmou duas vezes que a política monetária deverá manter-se vigilante. Essa expressão é utilizada para sinalizar que é alta a possibilidade de mais aperto monetário.
A instituição também repetiu a afirmação que já vinha fazendo havia algum tempo de que os avanços alcançados no combate à inflação ainda não se mostram suficientes. O BC disse ainda que as decisões futuras de política monetária serão tomadas para assegurar a convergência da inflação para a meta de 4,5% ao final do ano de 2016.
Na ata anterior do Copom, referente à reunião de março, o BC dizia que colocaria a inflação nesse patamar ao longo do próximo ano. A inflação acumulada em 12 meses está atualmente em 8,13%.
Alta de tarifas
Na avaliação da instituição, a alta da inflação está ligada, principalmente, à correção de tarifas e preços controlados pelo governo e à alta do dólar. O comportamento desses fatores desde março de 2015 tornaram o cenário para a inflação neste ano desfavorável, segundo a instituição, que afirmou ser necessário restringir esse impacto a este ano.
“Ao tempo em que reconhece que esses ajustes de preços relativos têm impactos diretos sobre a inflação, o Comitê reafirma sua visão de que a política monetária pode e deve conter os efeitos de segunda ordem deles decorrentes, para circunscrevê-los a 2015”, explicou a instituição em seu relatório.
Desaceleração

Em relação à desaceleração da economia, o BC afirmou que o investimento tem se retraído, influenciado, principalmente, pela ocorrência de eventos não econômicos, sem especificar se está se referindo a problemas políticos e àqueles gerados pela Operação Lava-Jato, da PF (Polícia Federal), que investiga esquema de corrupção
na Petrobras.
“Entretanto, para o comitê, depois de um período necessário de ajustes, o ritmo de atividade tende a se intensificar, na medida em que a confiança de firmas e famílias se fortaleça”, declarou o Banco Central no documento.
A autoridade monetária também disse que alguns indicadores já mostram uma mudança no mercado de trabalho, embora ainda haja risco significativo de aumentos de salários acima do crescimento da produtividade, com repercussões negativas sobre a inflação.
Gasolina

O BC elevou a previsão de aumento da gasolina neste ano de 8% para 9,8%. Para a tarifa de energia, manteve a projeção de alta de 38,3%.
Ao falar sobre a meta para o superávit das contas públicas, o BC passou a usar nas suas contas o valor nominal de 66,3 bilhões de reais,
ao invés do 1,2% do PIB (Produto Interno Bruto) utilizado anteriormente. Com a revisão no cálculo do PIB feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística), os dois números não são mais equivalentes.
Projeção da inflação

A projeção para a inflação de 2015 feita pelo BC manteve-se estável em relação ao valor considerado na reunião de março, mas permanece acima da meta de 4,5%. Para 2016, a previsão de inflação mostrou estabilidade no cenário de referência, que considera manutenção do dólar em 3 reais e juros de 12,75% ao ano, mas se elevou no cenário que considera as projeções do mercado de corte da taxa básica no próximo ano.
Crítica

Associações da indústria, comércio e sindicatos de trabalhadores criticaram o novo aumento da taxa de juros.
As taxas estão agora no maior nível desde janeiro de 2009. Naquela época, a autoridade monetária iniciava um processo de redução da Selic para reanimar a economia diante dos efeitos da queda do banco Lehman Brothers.
Segundo a Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio), mesmo após a quinta alta nos juros as expectativas de inflação continuam acima do centro da meta, de 4,5% no IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).
“O Banco Central errou quando reduziu os juros em demasia e erra agora novamente ao subi-lo a patamares estratosféricos com a economia completamente estagnada”, declarou, em tom de reprovação, o presidente da Abad (Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores), José do Egito Frota Lopes Filho.
De acordo com a Fecomércio-RJ, a alta dos juros encarecerá ainda mais os financiamentos por parte de consumidores e empresários.  (Folhapress)

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