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Economia Bancos fazem as pazes com as Lojas Americanas após o trio de acionistas prometer colocar 12 bilhões de reais na empresa

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Bancos e Americanas acertam detalhes para aporte. (Foto: Divulgação)

As conversas entre a Americanas e os bancos credores estão evoluindo e um acordo definitivo pode sair até junho. A elevação da proposta total a R$ 12 bilhões foi bem recebida pelos bancos. As conversas progridem para garantir que o valor seja totalmente desembolsado de forma imediata aos bancos. Pela proposta mais recente, o trio de acionistas de referência da Americanas, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, faria um aporte de R$ 10 bilhões na companhia de forma imediata. Houve um aceno de aporte de mais R$ 2 bilhões no futuro apenas se a situação financeira da companhia se complicar – o desembolso dessa parcela de forma imediata é o que os bancos querem garantir.

No mercado financeiro, são recorrentes as avaliações de que a situação de Americanas é extremamente grave, que a companhia não será capaz de gerar valor e vai minguar. Por ser intensiva em capital de giro e estar sem crédito no mercado e junto a fornecedores, os recursos prometidos até aqui são “água em chapa quente”.

A proposta de R$ 12 bilhões da Americanas amenizou os ânimos entre os lados, que vinham trocando farpas desde janeiro. No entanto, existem pontos a serem equacionados. Dada a necessidade de recursos da companhia, os bancos tentam elevar o valor do aporte imediato para melhorar o potencial de recuperação de seus créditos.

Segundo um executivo de banco, os esforços se concentram agora em transformar os R$ 2 bilhões em capital efetivo e não condicionado a critérios de desempenho, como na última proposta da Americanas. Na avaliação dele, um acordo pode sair até junho. O aumento do aporte reduziria o volume de dívida bancária que os bancos teriam de converter em ações.

“Há debates sobre alongamento e outros vários pontos. Eles ainda precisam ser construídos”, afirma um executivo a par das negociações, consultado sob condição de anonimato. “Isso [um acordo em torno do valor] já está meio resolvido”, afirmou um outro executivo.

Outro ponto a resolver na equação está nos detentores de debêntures e títulos (bonds) emitidos no exterior, dado que o pacote proposto pela empresa também envolve a participação deles. Não foi bem recebido o desconto (haircut) de 60% que a empresa está oferecendo aos debenturistas. Além disso, a cláusula que determina que os credores não podem ter litígios contra a varejista são avaliados como “pedir demais.

O clima ameno levou a um “cessar-fogo” na esfera judicial entre a Americanas e parte das instituições credoras. O acordo, anunciado pela companhia na quarta-feira (12), inclui alguns dos maiores credores, como Bradesco, Itaú Unibanco, BTG e Safra, segundo apurou a reportagem, e tem prazo de 30 dias.

Os maiores credores da Americanas fizeram provisões para cobrir um eventual calote da companhia – Bradesco e Itaú separaram 100% do que têm a receber, enquanto Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal (CEF) provisionaram metade, e o Santander, 30%. Procurados, Americanas, Bradesco e Santander não comentaram. O Itaú informou que faz parte do acordo de suspensão temporária das ações judiciais.

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