Quinta-feira, 27 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 9 de maio de 2020
A cidade de Barcelona, na Espanha, uma das mais afetadas pela pandemia da covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus, no país, deu mais um passo para a volta à normalidade, com a reabertura de praias para a prática de atividades físicas individuais.
A autorização do governo local permite que as pessoas corram e façam exercícios na areia e pratiquem esportes aquáticos, no entanto, não está permitida a recreação, como permanecer tomando sol e mergulhando eventualmente ou fazer piqueniques, para evitar aglomeração.
De acordo com um balanço informal feito pelas autoridades locais, o primeiro dia de reabertura das praias foi positivo, com respeito às normas de distanciamento social e nenhum incidente marcante.
A polícia, no entanto, precisou coibir algumas pessoas que tentavam permanecer na praia, sem se enquadrar nas possibilidades previstas na autorização do governo local.
Espanha
Metade da população espanhola passará nesta segunda-feira para a fase 1 de retirada das restrições da quarentena imposta para o combate à pandemia da covid-19, no caminho rumo à nova normalidade. O restante deverá esperar para cumprir uma série de critérios que vão da evolução da epidemia até a capacidade de assistência e monitoramento dos casos.
O Ministério da Saúde espanhol aceitou a grande maioria dos pedidos de avanço de fase realizados pelas comunidades autônomas. Negou apenas os da Andaluzia, que solicitava que algumas zonas de Málaga e Granada avançassem (essas duas províncias estarão integralmente na fase zero por mais alguns dias); de Castela-La Mancha, onde ficaram de fora Toledo, Ciudad Real e Albacete; e da Comunidade de Madri. O Ministério tampouco atendeu plenamente o pedido da Comunidade Valenciana, onde algumas áreas ficaram de fora. O Governo ignorou também as pretensões de Astúrias, que pretendia que dois territórios passassem diretamente à fase 2.
Além desses territórios, a maior parte da Catalunha não passará à nova etapa, já que não havia pedido, exceto as zonas sanitárias de Terres de l’Ebre, Camp de Tarragona e Alt Pirineu-Aran, assim como quase toda Castela e Leão, onde 26 áreas sanitárias flexibilizarão a quarentena.
Salvo exceções extraordinárias, as áreas que avançaram terão que estar 14 dias na nova fase. É o tempo necessário para saber se o relaxamento das medidas terá provocado um aumento dos casos ou novos surtos. “Se as coisas avançarem de forma positiva, poderemos considerar [a permanência na nova fase], mas prevalecerá a prudência”, afirmou o ministro da Saúde, Salvador Illa.
As áreas que continuam na fase zero poderão voltar a pedir a flexibilização quando cumprirem os requisitos. A ordem ministerial estabelece um prazo de uma semana para responder aos pedidos.
Na nova fase, seguirão vigentes os horários separados para as atividades físicas, embora as comunidades possam adaptá-los às suas características. Algumas solicitaram alterações para que as crianças não tivessem que sair nas horas mais quentes do dia. Mas os cidadãos poderão se reunir a qualquer hora para se encontrar em casas, terraços ou ao ar livre, sempre com um limite máximo de 10 pessoas, respeitando uma distância de dois metros e cuidando da higiene. Isto poderá ser feito em qualquer parte da unidade territorial de referência (sobretudo nas províncias e nas zonas sanitárias de Castela e Leão, Comunidade Valenciana e Catalunha). A possibilidade de controle é agora praticamente impossível, como reconheceu Illa: “Há uma casuística infinita, e precisamos apelar para a responsabilidade individual. Toda prudência é pouca quando se trata de decisões complexas, sem precedentes, que exigem mais do que nunca a disciplina social.”