Quinta-feira, 19 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 31 de julho de 2017
Após quase um mês no hospital, o bebê Arthur, que foi baleado quando estava na barriga de sua mãe em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, não resistiu e morreu neste domingo (30). O corpo de Arthur Cosme foi sepultado às 17h08min desta segunda-feira (31). O caixão foi levado no colo dos pais para a sepultura.
O velório começou às 15h desta segunda-feira, no cemitério Nossa Senhora das Graças, também conhecido como Tanque do Anil, em Duque de Caxias, também na Baixada. Durante o enterro, se percebeu que a urna onde o caixão seria depositado era pequena demais. Após alguns minutos, outra urna foi encontrada e o problema foi resolvido.
Mais cedo, os pais de Arthur estiveram no Instituto Médico Legal, no Centro do Rio, para liberar o corpo. Muito abalados, eles não quiseram dar nenhuma declaração à imprensa. O cirurgião Luiz Fernando Ferreira Miller, que operou Arthur, lamentou a morte da criança e a situação da violência no Rio, que comparou a áreas de guerra.
“É uma condição que a gente não espera, né, em um país normal, a gente imagina de um país em guerra né. É muito difícil. A gente obviamente acaba se colocando na situação de cada uma das vítimas que a gente recebe, né, com essa onda de violência que a gente vive atualmente o número de pessoas feridas tem aumentado, então a gente procura fazer o máximo o nosso papel, obviamente quando tem um tiro que transfixa o tórax de um adulto já é um quadro grave, imagina em um bebê de 39 semanas”, disse.
Relembre o caso
Arthur era filho de Claudineia dos Santos Melo, que estava grávida de 39 semanas. Ela foi baleada indo ao mercado quando foi atingida na pelve. A bala atravessou o tórax da criança e também atingiu parte da orelha, de acordo com boletim da Secretaria de Saúde de Duque de Caxias. (AG)