Mundo Biografia diz que primeiro-ministro da Inglaterra teria usado maconha e cocaína e participado de orgias
Por Redação O Sul | 23 de setembro de 2015
Biografias não autorizadas são o terror das celebridades. Não foi diferente com o primeiro-ministro David Cameron. Drogas, trotes com conotações sexuais e noites de libertinagem que nada se encaixam no perfil de um ex-líder do Partido Conservador britânico são descritos em trechos da biografia intitulada “Call me Dave”, publicados pelo jornal inglês Daily Mail e que geraram a hashtag #Piggate (o escândalo do porco) nas redes sociais.
O livro foi escrito por Michael Ashcroft, ou Lorde Ashcroft, e será publicado em outubro. A hashtag se refere a um episódio descrito no livro que afirma que Cameron introduziu supostamente “uma parte privada de sua anatomia” na boca de um porco morto, como parte de um trote da sociedade secreta Piers Gaveston, conhecida por seus ritos estranhos.
O gabinete de Cameron se negou a fazer qualquer comentário sobre a publicação da biografia e George Osborne, ministro das Finanças e número dois do governo, disse que não teve acesso ao livro.
Vingança.
Lorde Ashcroft, um empresário multimilionário muito próximo aos conservadores, admite ter escrito o livro por vingança, por não ter obtido o cargo importante que Cameron prometeu após sua reeleição em maio.
O rompimento entre Cameron e Ashcroft é alvo de especulação nos últimos cinco anos e nunca ficou esclarecido completamente. O empreendedor chegou a doar mais de 8 milhões de libras esterlinas (49,2 milhões de reais) para o Partido Conservador na campanha eleitoral de 2010, mas Ashcroft não foi escalado para nenhum grande posto na política nacional.
No livro é citado o testemunho de um ex-colega de universidade de Cameron que afirma que fumou maconha com ele e que integrou um grupo de fumantes de maconha chamado “Flam Club” em Oxford (Inglaterra). Repetidamente perguntado sobre o tema no passado, o primeiro-ministro da Inglaterra sempre se limitou a responder que havia “vivido a experiência clássica de um estudante”. Cameron, que fazia “um grande sucesso com as mulheres” quando era estudante em Oxford, de acordo com o livro, foi um membro do Clube Bullingdon, reservado para a elite rica e famosa, no qual os excessos alcoólicos culminam com atos de vandalismo.
Lorde Ashcroft finalmente acusa Cameron de saber perfeitamente, já em 2009, que não tinha residência fiscal no Reino Unido, enquanto ele afirma que só ficou ciente em 2010, depois de ter sido eleito primeiro-ministro. (AG)
