A busca por uma alimentação mais saudável tem provocado mudanças e incentivado o resgate de sistemas de produção antigos, tradicionais, tornando-os mais sustentáveis. Nesse sentido, a redução do uso de agrotóxicos, inclusive na perspectiva da transição, é uma realidade e, nesse contexto, os bioinsumos são incentivados no Brasil, especialmente a partir de maio deste ano, quando foi instituído o Programa Nacional de Bioinsumos.
“Importante destacar que avanços nas pesquisas também estão acontecendo”, avaliou o engenheiro agrônomo Gervásio Paulus, que é mestre em Agroecossistemas e extensionista rural da Emater/RS-Ascar, que participou do painel Bioinsumos – Potencialidades e Perspectivas para a Agricultura, realizado na tarde de sábado (03) durante a Expointer Digital 2020.
Para o diretor técnico da Emater-RS, Alencar Rugeri, o momento de transformação vivido pela sociedade leva à agricultura a responsabilidade pela sustentabilidade. “A agricultura já teve como foco a produtividade, agora devemos nos adequar e garantir a sustentabilidade dos processos produtivos também na agropecuária”, analisou, ao defender a capacitação constante do agricultor, para que tenha acesso a informações e seja sensibilizado para as mudanças.
O Programa Nacional de Bioinsumos propõe ampliar e fortalecer o segmento de insumos de base biológica, ofertando tecnologias, produtos, processos, conhecimento e informações sobre uma gama de bioinsumos aplicados à nutrição do solo, ao controle de pragas, parasitos e doenças, aos tratos culturais e zootécnicos e à otimização de produtos e processos relacionados à pós-colheita e à agroindústria.
Essa política pública envolve Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, Embrapa e três representantes da sociedade civil, como a Emater/RS-Ascar, que presta assistência técnica e extensão rural e social aos agricultores.
