Por Redação O Sul | 29 de outubro de 2015
Suspenso por 90 dias pelo Comitê de Ética da Fifa, o presidente da entidade, Joseph Blatter, atacou Michel Platini, candidato a sua sucessão, acusando-o de ser o principal responsável pelas denúncias que instalaram a crise na entidade máxima do futebol e provocaram a sua renúncia ao cargo. As declarações foram dadas à agência de notícias russa TASS.
“Eu me tornei o alvo principal do ataque, porque já há três anos, e especialmente depois da Copa do Mundo de 2014 no Brasil, a Uefa [entidade presidida por Platini] não me queria mais como presidente. Foi um ataque orquestrado sobre o presidente da Fifa. Mas as outras confederações estavam comigo. Apenas a Uefa tentou me derrubar. Eles não conseguiram. Mesmo com esse tsunami, eu fui reeleito como presidente”, afirmou Blatter.
Segundo ele, no começo, era apenas um ataque pessoal do francês, que já foi seu aliado e o assessorou na Fifa. “Era Platini contra mim. Ele começou, mas então se tornou político. E, quando é político, não é mais apenas Platini contra mim”, disse.
De acordo com Blatter,Inglaterra e Estados Unidos passaram a ser contrários a ele depois de terem perdido as disputas para sediar as Copas do Mundo de 2018 e 2022 para Rússia e Catar, respectivamente.
Platini também está suspenso pelo Comitê de Ética da Fifa por ter recebido cerca de 1,8 milhão de euros (cerca de 8 milhões de reais) da Fifa, pagamento que o Ministério Público da Suíça considerou suspeito. (Folhapress)
