Por Redação O Sul | 15 de novembro de 2025
Todas as 521 mil famílias contempladas pelo Bolsa Família nos 497 municípios gaúchos receberam na sexta-feira (14) o repasse do programa de transferência de renda do governo federal. Para isso, o investimento no Estado supera R$ 346 milhões e o valor garante um benefício médio de R$ 672,61.
O pagamento unificado no Rio Grande do Sul ocorre em função das ações de enfrentamento a desastres, como enchentes, inundações e períodos longos de seca e estiagem previstas no programa. Em outros estados, o cronograma é escalonado, de acordo com o final do Número de Identificação Social (NIS) dos beneficiários.
No pacote de benefícios incluídos na retomada do programa desde 2023, 254 mil crianças de zero a seis anos recebem o Benefício Primeira Infância no Rio Grande do Sul. Isso significa um adicional de R$ 150 destinado a cada integrante dessa faixa etária na composição familiar. O investimento para assegurar esse repasse no estado é de R$ 34,7 milhões.
O Bolsa Família prevê outros benefícios complementares, no valor adicional de R$ 50, que chegam a 421 mil crianças e adolescentes de sete a 18 anos, além de 16 mil gestantes e 10 mil nutrizes no estado. Para esses pagamentos, o investimento supera R$ 19,8 milhões.
Porto Alegre é o município com maior número de beneficiários no Rio Grande do Sul neste mês, com 73 mil famílias atendidas. Na sequência das cidades com maior número de famílias atendidas estão Pelotas (20,2 mil), Canoas (17,3 mil), Viamão (15,8 mil) e Gravataí (14,2 mil).
Já Quatro Irmãos é o município gaúcho com maior valor médio de benefício: R$ 794. Em seguida aparecem Vespasiano Correa (759), Vista Alegre do Prata (R$ 758), Paulo Bento (R$ 730) e Alto Feliz (R$ 727).
Nacional
O programa de transferência de renda do governo contempla neste mês 18,65 milhões de famílias (48,59 milhões de pessoas) no Brasil. O valor médio de repasse é de R$ 683,28, a partir de um investimento de R$ 12,69 bilhões.
Mais de 8,23 milhões de crianças de zero a seis anos recebem o Benefício Primeira Infância neste mês. O adicional de R$ 150 é repassado a cada integrante do núcleo familiar dos beneficiários nessa faixa etária, a partir de um investimento de R$ 1,16 bilhão.
Outros três benefícios, todos de R$ 50 adicionais, chegam a 575,3 mil gestantes, 382,3 mil nutrizes e 14,3 milhões de crianças e adolescentes entre sete e 18 anos em novembro. O valor somado para saldar todos esses benefícios é de R$ 707,92 milhões.
Neste mês, o Bolsa Família alcança, em seu grupo prioritário e específico, 243,99 mil famílias com pessoas indígenas, 285,59 mil com quilombolas, 394,82 mil com catadores de material reciclável, 257,84 mil com pessoas em situação de rua, 37 mil com pessoas em risco social ou violação de direitos e 672,98 mil com pessoas em situação de risco alimentar.
Como costuma ocorrer no Bolsa Família, a maioria dos responsáveis familiares é formada por mulheres: 83,91%, o que corresponde a 15,65 milhões de titulares. Do total de 48,59 milhões de pessoas integrantes das famílias beneficiárias em novembro, 28,48 milhões são do sexo feminino — o equivalente a 58,61%. Pessoas de cor preta/parda representam a predominância entre os beneficiários e somam 35,69 milhões (73,44%).
Outra criação da nova versão do Bolsa Família, a Regra de Proteção permite aos beneficiários permanecerem no programa por até um ano, mesmo depois de conseguirem emprego com carteira assinada ou aumento de renda. Nesse caso, a família recebe 50% do valor. Esse parâmetro atinge, em novembro, 2,42 milhões de famílias, queda de 6,21% em comparação com outubro.
