Quarta-feira, 06 de agosto de 2025

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil Bolsonaristas esperam que prisão de Bolsonaro acelere sanção de Trump a aliados de Moraes

Compartilhe esta notícia:

Moraes foi sancionado na semana passada com base nesta lei. A norma é usada para punir quem comete graves violações de direitos humanos e já foi usada contra ditadores no passado. (Foto: Rosinei Coutinho/STF)

Aliados de Jair Bolsonaro (PL) esperam que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acelere a aplicação de sanções a familiares do ministro Alexandre de Moraes num primeiro momento e, depois, contra ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) após a prisão domiciliar do ex-presidente.

O próximo alvo dos EUA, segundo bolsonaristas, é a esposa do ministro, Viviane Barci. A inclusão dela na lista de sancionados pela Lei Magnistky estaria encaminhada e já tinha previsão de sair nas próximas semanas, antes mesmo da detenção de Bolsonaro.

A inclusão, porém, ainda precisa ser fundamentada e, por isso, não deve ser confirmada nos próximos dias.

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) diz que Viviane é vista pelo governo americano como o “braço financeiro” do magistrado do STF. A motivação seria que parte do rendimento do casal é fruto da atuação dela como advogada.

“Isso pode ocorrer [a sanção a Viviane]. Como é sabido, os escritório de advocacia de parentes estão mapeados e podem sim serem sancionados a depender de como as autoridades reajam”, disse Eduardo.

O ex-apresentador Paulo Figueiredo afirmou, antes da ordem de Moraes, que poderia haver uma trégua por parte dos Estados Unidos nos próximos dias.

O plano era aguardar a repercussão das retaliações americanas ao Brasil na classe política e medir o avanço de medidas, como a anistia a bolsonaristas —principal demanda de Figueiredo e de Eduardo, filho do ex-presidente que foi aos EUA articular medidas contra autoridades do STF.

Por ora, Eduardo diz que tem advogado junto ao governo americano para que outros ministros não sejam sancionados financeiramente. A avaliação é que é preciso esperar os magistrados e políticos “digerirem” as decisões do STF. Na prática, a expectativa é por como eles devem votar no julgamento de Bolsonaro e se respaldam as decisões de Moraes.

“Se outros vierem a condenar Jair Bolsonaro, eles podem estar atraindo para si essas sanções”, disse Eduardo nesta terça-feira (5) em entrevista ao portal Metrópoles.

Moraes foi sancionado na semana passada com base nesta lei. A norma é usada para punir quem comete graves violações de direitos humanos e já foi usada contra ditadores no passado.

O secretário de Estado, Marco Rubio, afirma que Moraes cometeu abusos ao autorizar detenções preventivas injustas e ao tomar decisões que, segundo ele, minam a liberdade de expressão.

A Lei Magnistky prevê que pode ser incluído no rol de sancionados quem colaborar com as condutas condenadas pelos EUA.

A pessoa punida recebe uma sanção da Ofac, Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros, que pertence ao Departamento do Tesouro dos Estados Unidos.

Por meio da decisão, o governo americano determina o congelamento de qualquer bem ou ativo que a pessoa sancionada tenha nos Estados Unidos e também pode proibir entidades financeiras americanas de fazerem operações em dólares com ela.

A medida incluiria o uso das bandeiras de cartões de crédito Mastercard e Visa, por exemplo. Os efeitos para as transações de Moraes em reais no Brasil ainda estão sob análise dos bancos.

Além de Viviane, bolsonaristas dizem que outros ministros do Supremo também podem ser punidos.

Politicamente, bolsonaristas contam com o governo de Trump para fazer frente ao cerco ao STF, ampliando as sanções contra autoridades brasileiras.

Na noite desta segunda, o governo Donald Trump disse condenar a decisão do ministro Alexandre de Moraes e afirmou que responsabilizará aqueles que ajudarem “condutas sancionadas” do magistrado.

O posicionamento foi feito por meio de post no X (ex-twitter) na página do Escritório para o Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado, que trata da diplomacia americana.

“O ministro Moraes, agora sancionado pelos EUA como violador de direitos humanos, continua usando as instituições brasileiras para silenciar a oposição e ameaçar a democracia. Impor ainda mais restrições à capacidade de Jair Bolsonaro se defender publicamente não é um serviço público. Deixem Bolsonaro falar!”, diz a mensagem.

“Os Estados Unidos condenam a ordem de Moraes que impõe prisão domiciliar a Bolsonaro e responsabilizarão todos aqueles que auxiliarem ou colaborarem com condutas sancionadas”, continua o texto.

A pretensão foi frustrada pela decisão de Moraes de impor a prisão domiciliar a Bolsonaro. O magistrado afirmou que o ex-presidente descumpriu determinação anterior ao aparecer em vídeos exibidos por apoiadores durante manifestações no domingo (3).

Durante manifestação no Rio de Janeiro, Flávio Bolsonaro (PL-RJ) fez uma ligação com o pai, transmitida durante o ato.

No telefonema, o ex-presidente disse: “obrigado a todos. É pela nossa liberdade, nosso futuro, nosso Brasil. Sempre estaremos juntos”.

O senador chegou a publicar o vídeo nas redes sociais, mas depois o apagou. As informações são da Folha de São Paulo.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Supremo deve mandar Bolsonaro para a prisão em regime fechado após condenação
Defesa diz que Bolsonaro não descumpriu ordens e questiona prisão domiciliar
https://www.osul.com.br/bolsonaristas-esperam-que-prisao-de-bolsonaro-acelere-sancao-de-trump-a-aliados-de-moraes/ Bolsonaristas esperam que prisão de Bolsonaro acelere sanção de Trump a aliados de Moraes 2025-08-05
Deixe seu comentário
Pode te interessar