Segunda-feira, 12 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 25 de julho de 2019
O presidente Jair Bolsonaro afirmou que a liberação de até R$ 500 do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e do PIS-Pasep para o trabalhador é uma oportunidade que o governo está abrindo para dar um “pequeno ânimo” na economia, mas “quem achar pouco, é só não retirar e aguardar outro momento.” As informações são do jornal O Globo.
A declaração foi feita nesta quinta-feira durante visita a Manaus para participar da reunião do CAS (Conselho de Administração da Suframa) da Suframa (Superintendência Regional da Zona Franca de Manaus). O presidente estava acompanhado do ministro da Economia, Paulo Guedes.
Ao ser perguntado sobre o que o trabalhador pode fazer com o valor de praticamente meio salário mínimo (R$ 998), Bolsonaro, sorrindo, disse que, “primeiro, precisamos agradecer o presidente Castelo Branco que lá atrás criou o FGTS”.
“Não poderíamos abrir de forma muito ampla, porque prejudicaria os mais pobres para a aquisição de suas casas tão merecidas. Então estamos simplesmente abrindo essa oportunidade”, disse o presidente.
E continuou: “(A medida) é um pequeno ânimo na economia, sim, ninguém pode negar isso aí, são R$ 22 bilhões. Acho que é bem-vindo, fizemos o que foi possível ser feito. Quem acha que está pouco, é só não retirar, aguarda em outro momento.”
Ele frisou que o saque do benefício é uma “excepcionalidade”, acrescentando que o valor foi definido conforme levantamento feito sobre o saldo médio que os trabalhadores têm em conta.
“A forma de obtenção de um FGTS não é essa que propomos agora. Oitenta por cento dos trabalhadores que têm FGTS têm menos de R$ 500 de saldo na conta.”
De acordo com a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), as empresas brasileiras são obrigadas a recolher o FGTS sobre os salários de todos os trabalhadores em regime CLT. O fundo é formado por 8% do salário mensal, e a rentabilidade é de 3% ao ano.
“Alma econômica”
Mais cedo, Bolsonaro foi homenageado em um colégio militar de Manaus. Ele declarou que a Região Amazônica é a “mais rica do planeta Terra” e que pode ser a “alma econômica” do Brasil.
“Ao casar desenvolvimento com preservação ambiental, nós seremos a alma econômica do Brasil. Aqui tem tudo para alavancar o País ao local de destaque que ele merece”, declarou.
Para o presidente, a Região Amazônica possui todos os recursos para elevar a economia brasileira.
“Temos biodiversidade, riquezas minerais, água potável, grandes espaços vazios, áreas turísticas inimagináveis, para alavancar nossa economia partindo daqui”, afirmou.