Segunda-feira, 29 de abril de 2024

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
19°
Mostly Cloudy

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Política Bolsonaro chegou a sonhar com uma bancada de 30, até 40 parlamentares. Mas o “exército” de Bolsonaro na Câmara terá somente oito deputados

Compartilhe esta notícia:

Numa agremiação nanica, com pouca estrutura – leia-se tempo de TV e recursos do fundo eleitoral – deixou de ser atraente para quem vai disputar a reeleição. (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Com reduto eleitoral no Estado campeão de movimentação parlamentar durante a janela partidária, o deputado federal e presidenciável Jair Bolsonaro foi a única filiação ao PSL no Rio de Janeiro. Com a mudança para o partido, a expectativa de Bolsonaro era cooptar pelo menos duas dezenas de deputados federais em todo o país. O esforço de colonizar a sigla para catapultar a candidatura ao Planalto chegou a sonhar com uma bancada de 30, até 40 parlamentares. Mas o “exército” de Bolsonaro na Câmara terá oito deputados, incluindo ele e o filho, Eduardo, eleito por São Paulo.

Numa agremiação nanica, com pouca estrutura – leia-se tempo de TV e recursos do fundo eleitoral – deixou de ser atraente para quem vai disputar a reeleição. Além do filho, Bolsonaro contará com outro integrante da bancada paulista, e aliados no Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso e Paraná. Nenhum no Nordeste, região que é o ponto fraco de sua pré-campanha. É no Rio, porém, onde pesquisas indicariam larga dianteira nas pesquisas presidenciais, que o ex-capitão poderia ter arregimentado mais apoios, ao menos pela disposição de mudar da bancada fluminense.

Entre as representações estaduais, a do Rio é a que, de longe, teve mais migrações. Dos 46 deputados, 17 trocaram de legenda, nada menos que 37%. O número equivale a 19% da lista de 89 parlamentares titulares obtida em levantamento que inclui o registro no site da Câmara dos Deputados e informações fornecidas pelos partidos. Alterações podem ocorrer até a oficialização de todos os nomes. Há ainda quatro suplentes. A transferência na bancada fluminense corresponde a mais que o dobro de seu tamanho em relação ao total dos 513 deputados da Casa, que é de quase 9%.

Em contraste, na bancada gaúcha, nenhum dos 31 parlamentares trocou de legenda. Além do Rio Grande do Sul, apenas em mais quatro Estados os deputados ignoraram a janela que permite trocar de partido sem o risco de perder o mandato: Acre, Amapá, Rondônia (bancadas de oito) e Pará (que tem 17 parlamentares).

O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) é um exemplo da dificuldade tradicional de se filiar deputados do Rio Grande do Sul, seja na janela ou pela criação de um novo partido. Ele tornou-se um dos mais próximos colaboradores de Bolsonaro e, em fevereiro, viajou com o presidenciável ao Japão, Coreia do Sul e Taiwan. Mas ficou do DEM, legenda que mais que duplicou de tamanho desde a eleição de 2014, quando elegeu 21 deputados. Na janela, perdeu dois, ganhou 13, com saldo de 11, o que somado ao que já havia engordado, eleva sua bancada para 44. Em quatro anos, sem qualquer eleição para o cargo, a sigla do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, pulou de décima para quinta maior bancada.

Outro grande ganhador que sai da janela é o PP, partido campeão em parlamentares envolvidos nos escândalos do mensalão e da Operação Lava-Jato. Elegeu 28 deputados a menos que o MDB e agora está em situação de empate, na segunda colocação, com 51 parlamentares. O partido do presidente Michel Temer é o maior perdedor desde 2014, com 15 deputados a menos. É mais do que desidrataram juntos, no período, PT – cuja maior bancada da Câmara chega agora a 60 – e PSDB, com 49. Mas os dois protagonistas da política brasileira em crise saíram praticamente ilesos da janela: no saldo, os petistas perderam um parlamentar, e os tucanos ganharam um.

Entres as bancadas que minguaram mais desde 2014 estão ainda as do PSB, PTB – cada uma perdeu nove integrantes –, Solidariedade e PSC, com cinco deputados a menos para cada. Entre as que mais cresceram estão a do Pode (ex-PTN), aumento de 13, e as do PR e PSL, ambas com mais sete a mais. O Podemos subiu da 20 posição para a 11

O entra e sai de parlamentares atingiu 24 das 25 legendas que tinham representação antes da janela, com duração de 30 dias. Apenas o PSOL não participou do trocatroca e manteve os mesmos seis deputados. Ao filiar um parlamentar, o PPL voltou à Câmara; e o PRP, ao perder o seu, ficou sem representante na Casa.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Política

Ex-ministros querem tirar da Operação Lava-Jato a investigação sobre a suspeita de compra de apoio em campanha de Dilma
O MDB teme os planos de Dilma em Minas Gerais
https://www.osul.com.br/bolsonaro-chegou-a-sonhar-com-uma-bancada-de-30-ate-40-parlamentares-mas-o-exercito-de-bolsonaro-na-camara-tera-oito-deputados/ Bolsonaro chegou a sonhar com uma bancada de 30, até 40 parlamentares. Mas o “exército” de Bolsonaro na Câmara terá somente oito deputados 2018-04-14
Deixe seu comentário
Pode te interessar