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Brasil Bolsonaro cita fala da Organização Mundial da Saúde e diz que vacina obrigatória é parte de “nanicos projetos de ditadores”

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"O que ele [Hamilton Mourão] falou sobre os Estados Unidos é opinião dele", disse Bolsonaro. (Foto: Marcos Corrêa/PR)

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (22), que a Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu que a vacina contra a covid-19 não seja obrigatória. Mais cedo, em suas redes sociais, Bolsonaro compartilhou uma notícia com fala da vice-diretora da Organização Mundial da Saúde (OMS), Mariângela Simão. Em entrevista à CNN Brasil, a representante disse que a obrigatoriedade da vacina deve ser decidida em cada país e que não se recomenda medidas autoritárias.

“Ontem (quarta-feira, 21) a OMS se manifestou contra a obrigatoriedade da vacina e disse que é contra medidas autoritárias. Quer dizer que a OMS se manifestou depois que eu já havia me manifestado. Dessa vez, eu acho que estão se informando corretamente, talvez me ouvindo até. Então, nós temos certeza que não voltarão atrás nessa decisão”, disse em conversa com apoiadores, na saída do Palácio da Alvorada.

O presidente destacou, sem citar o nome do governador João Doria (PSDB), que medidas compulsórias fazem parte de “nanicos projetos de ditadores como esses caras de São Paulo”. Na sequência, Bolsonaro ressaltou que sugerir uma imunização obrigatória é uma “irresponsabilidade” e que nenhum chefe de Estado se manifestou nesta linha até o momento.

“Realmente impor medidas autoritárias é só para esses nanicos projetos de ditadores como esse cara de São Paulo aí. Eu não ouvi nenhum chefe de Estado do mundo dizendo que iria impor a vacina quando ela tivesse. Isso é uma precipitação, é mais uma maneira de levar terror junto a população”, disse.

Segundo Bolsonaro, as indicações de João Doria sobre a vacinação obrigatória no Estado causam “pânico” na população. “É um direito de cada um tomar ou não. É uma irresponsabilidade do governador porque não existe uma vacina eficaz”, acrescentou. O presidente diverge abertamente de Doria e é favorável a uma imunização opcional da população.

Na quarta (21), o chefe do Executivo mandou cancelar protocolo de intenção assinado pelo Ministério da Saúde para a compra de 46 milhões de doses da vacina chinesa CoronaVac. Em entrevista à rádio Jovem Pan, o mandatário justificou que há “descrédito” da população em relação à China e que existem outras opções de vacinas.

Por sua vez, João Doria voltou a criticar o presidente e afirmou que o chefe do Executivo Federal humilhou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, ao desautorizar a intenção de compra, pelo governo federal, da vacina CoronaVac contra o coronavírus, em desenvolvimento pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.

“Todos aplaudiram o ministro Eduardo Pazuello porque ele agiu corretamente e foi, no dia seguinte em menos de 24h, desautorizado pelo presidente da República. Olha o tamanho da confusão criada pelo presidente Bolsonaro que humilhou seu ministro desautorizando-o publicamente”, disse Doria em entrevista à rádio CBN. “É inacreditável que, diante de uma pandemia, um presidente coloque este vértice eleitoral e esta obsessão pela sua reeleição e em relação a mim. Não sou inimigo do presidente da República, sou governador de São Paulo”, completou.

Segundo Bolsonaro, sua decisão de cancelar o protocolo de intenção de compra da vacina chinesa CoronaVac foi motivada por uma questão de “credibilidade” e “confiança”. A compra, segundo o presidente, depende de aprovação certificada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“Gostaria de ter um presidente que fosse líder, que liderasse o País pela vida, pela existência, pela obediência à ciência e à saúde e não um negacionista”, criticou Doria.

“Não fui eu que declarei que era uma gripezinha, um resfriadozinho, eu não ofereci cloroquina à população e nem à ema do Palácio da Alvorada. Não defendo dizendo que quem faz o isolamento ou quem usa máscara é covarde. Todas as afirmações são do presidente Jair Bolsonaro, um notório negacionista”, disse Doria. “Eu não desautorizo os meus secretários. O presidente Bolsonaro desautoriza publicamente os seus ministros”, completou.

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https://www.osul.com.br/bolsonaro-cita-fala-da-organizacao-mundial-da-saude-e-diz-que-vacina-obrigatoria-e-parte-de-nanicos-projetos-de-ditadores/ Bolsonaro cita fala da Organização Mundial da Saúde e diz que vacina obrigatória é parte de “nanicos projetos de ditadores” 2020-10-22
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