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Política Bolsonaro dá “puxão de orelha” em Nikolas Ferreira e Tarcísio de Freitas por causa de silêncio durante depoimento a Alexandre de Moraes

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Bolsonaro teria dito que se sentiu "abandonado" pelos dois. (Foto: Ton Molina/STF)

Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fizeram chegar ao deputado Nikolas Ferreira (PL-SP) e ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), nessa quinta-feira, uma reclamação do ex-mandatário quanto ao silêncio que os dois adotaram em relação ao depoimento prestado, na última terça-feira, no Supremo Tribunal Federal (STF). Nikolas é visto como o nome do PL com maior poder midiático nas redes sociais, enquanto Tarcísio é tido como favorito para disputar a Presidência com o apoio de Bolsonaro, caso se mantenha a sua inelegibilidade. Aos aliados, Bolsonaro teria dito que se sentiu “abandonado” pelos dois.

Bolsonaro teria lembrado, inclusive, momentos em que Nikolas se posicionou em defesa do ex-coach Pablo Marçal, que disputou a prefeitura de São Paulo, nas últimas eleições.

Um levantamento da consultoria Bites identificou que, apesar de mais deputados petistas terem feito publicações sobre o depoimento ao ministro relator do inquérito sobre a tentativa de golpe de estado no STF, Alexandre de Moraes, foram os parlamentares de direita que conquistaram mais engajamento com postagens nas redes sociais. Segundo a consultoria, a principal narrativa da direita é que Bolsonaro declarou não ter envolvimento com a minuta golpista. m total de 115 parlamentares fizeram publicações sobre o assunto. Entre eles, 50 eram petistas e 35 do PL.

A reportagem procurou Nikolas e Tarcísio, em relação ao silêncio quanto ao tema, mas não teve resposta.

O entorno de Bolsonaro avalia que o governador de São Paulo tem um bom trânsito com Moraes — o próprio já tentou reverter algumas das medidas restritivas impostas ao ex-presidente pelo magistrado. No ano passado, o governador foi escalado para tentar apaziguar os ânimos entre o bolsonarismo e o ministro, ao lado do ex-presidente Michel Temer (MDB), responsável pela indicação de Moraes ao STF, em 2017. O bom relacionamento entre eles justificaria o silêncio de Tarcísio neste momento.

Pouco antes do início do depoimento, na terça, Tarcísio disse que Bolsonaro “falaria a verdade” a Moraes e reiterou acreditar na sua inocência.

“A gente sempre conversa, ele está sereno, está tranquilo. Vai dizer a verdade. A verdade vai vir à tona. Ouvi um áudio ontem em que o advogado de defesa do presidente fala que ele não tinha intenção nenhuma, de nenhum tipo de ruptura”, disse o governador, que também foi ministro da Infraestrutura do governo passado. “Estive cinco vezes com o presidente em novembro e dezembro de 2022 e em nenhum momento o presidente cogitou nada. Estamos absolutamente tranquilos sobre a inocência do presidente Bolsonaro.”

Nikolas em atrito

Poucas horas depois do julgamento, entretanto, Nikolas provocou um bate-boca em audiência pública na Câmara com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Em reunião conjunta das comissões de Finanças e Tributação e de Fiscalização Financeira e Controle, Nikolas e Carlos Jordy (PL-RJ) criticaram o governo e as medidas propostas pela Fazenda, mas se retiraram da audiência antes de ouvir as explicações do ministro.

“Venho aqui com espírito público, com dado oficial, para fazer o debate. Esse tipo de atitude de que quer falar na rede e corre quando o debate vai acontecer é um pouco de molecagem e não é bom para democracia. Já que eles não estão aqui, quem sabe vocês que estão mandem o recado para o Nikolas e Jordy, para que eles aprendam um pouco das contas públicas brasileiras.”

No meio de sua fala, Haddad foi interrompido pelo deputado Capitão Alberto (PL-AM), que reclamou do termo molecagem, e gerou burburinho na sessão. Haddad retrucou que os deputados deveriam ter “compromisso com a verdade”: Nikolas voltou à comissão, pediu a palavra, questionou uma frase de Haddad sobre as visualizações do seu vídeo sobre as mudanças de regras da Receita que geraram desinformação sobre o Pix. O deputado queria continuar nessa toada, mas o presidente da sessão, deputado Rogério Correia (PT-MG), convocou o regimento e disse que Nikolas deveria apenas falar sobre a questão de ordem, que não teria novo tempo de fala, uma vez que tinham outros parlamentares na fila.

Nikolas não aceitou e começou um bate-boca generalizado, impedindo outros parlamentares de fazerem perguntas. Rogério Correia então decidiu encerrar a audiência. Após o encerramento da sessão, Haddad falou em “desrespeito”. As informações são do jornal O Globo.

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