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Brasil Bolsonaro defende o trabalho infantil, mas diz que não propõe a descriminalização para não ser “massacrado”

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Presidente usou exemplo pessoal, mas disse que não enviará proposta ao Congresso sobre o trabalho de crianças. (Foto: Divulgação)

O presidente Jair Bolsonaro defendeu, na quinta-feira (04), em transmissão ao vivo, o trabalho infantil. Usando sua própria experiência, ele afirmou que não foi “prejudicado em nada” por ter colhido milho em uma fazenda de São Paulo aos “nove, dez anos de idade”. Ele disse que o trabalho dignifica o homem e a mulher, “não interessa a idade”. Apesar da fala, Bolsonaro disse que não apresentaria nenhum projeto de lei no sentido de descriminalizar a prática porque sabia que “seria massacrado” se o fizesse.

Bolsonaro estava ao lado do secretário nacional de Pesca e Aquicultura, Jorge Seif Junior, falando da sua experiência como pescador, quando foi questionado se considerava essa sua primeira profissão. “Posso confessar agora, se bem que naquele tempo não era crime”, afirmou. “Lembro perfeitamente que uma das coisas que se plantava lá, além de banana, era milho. E naquele tempo para você cortar o milho, você não tinha que chegar na plantação e pegar. Tinha que quebrar o milho. Tinha que colocar o saco de estopa no braço. E eu com nove, dez anos de idade quebrava milho na plantação e quatro, cinco dias depois, com sol, você ia colher o milho”.

Depois, ele imitiu um crítico: “Olha só, trabalhando com nove, dez anos de idade na fazenda”. Em seguida, continuou como que respondendo. “Não fui prejudicado em nada. Quando um moleque de nove, dez anos vai trabalhar em algum lugar tá cheio de gente aí “trabalho escravo, não sei o quê, trabalho infantil”. Agora quando tá fumando um paralelepípedo de crack, ninguém fala nada”.

Para ele, o trabalho “não atrapalha a vida de ninguém”. Mas o presidente concluiu sobre o tema afirmando que não buscará intervir na legislação sobre o assunto. “Fiquem tranquilos que eu não vou apresentar nenhum projeto aqui para descriminalizar o trabalho infantil porque eu seria massacrado. Mas quero dizer que eu, meu irmão mais velho, uma irmã minha também, um pouco mais nova, com essa idade, oito, nove, dez, doze anos, trabalhava na fazenda. Trabalho duro”.

Acordos radares

Bolsonaro e o Ministério Público Federal chegaram a um acordo para instalar radares em rodovias federais. Em uma primeira fase, os equipamentos deverão ser colocados em 2.278 novas faixas consideradas críticas devido ao índice de acidentes e que atualmente estão sem monitoramento.

Como cada radar cobre, em geral, duas faixas, o acerto deve representar cerca de 1.000 novos aparelhos nas estradas federais. Os termos do acordo foram enviados nesta sexta-feira à 5ª Vara Federal em Brasília para análise e homologação (validação) pela juíza Diana Wanderlei.

Pela proposta de acordo, o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), com acompanhamento do Ministério da Infraestrutura, se compromete a autorizar a instalação dos equipamentos para essas novas faixas em até 60 dias após a aprovação de estudos técnicos feitos pelas empresas contratadas.

O acordo é no âmbito de uma ação popular ajuizada pelo senador Fabiano Contarato (Rede-ES), que acabou encampada pelo Ministério Público Federal. O que motivou o processo foi uma transmissão pelo Facebook, feita em março deste ano, na qual Bolsonaro prometeu extinguir o uso dos equipamentos.

 

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