Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 28 de janeiro de 2020
O presidente cumprimenta Vicente Santini em Nova Déli, na Índia
Foto: Alan Santos/PRO presidente Jair Bolsonaro demitiu nesta terça-feira (28) o secretário-executivo da Casa Civil, Vicente Santini, após ele ter utilizado um jato da FAB (Força Aérea Brasileira) para viajar à Índia.
“Inadmissível o que aconteceu. Já está destituído da função de executivo do Onyx [Lorenzoni]. Destituído por mim. Vou conversar com Onyx para decidir quais outras medidas podem ser tomadas contra ele. É inadmissível o que aconteceu, ponto final”, afirmou o presidente após retornar do país asiático.
Bolsonaro ficou irritado com o fato de Santini ter viajado em um avião da FAB com apenas três passageiros – ele e mais duas assessoras – de Davos, na Suíça, onde participou do Fórum Econômico Mundial, para Nova Déli, a fim de acompanhar a comitiva presidencial. Conforme Bolsonaro, o trio deveria ter pego um voo comercial.
A viagem do secretário-executivo na aeronave da FAB foi divulgada pelo jornal O Globo. Ele estava representando o titular da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que encontra-se em férias.
“O que ele fez não é ilegal, mas é completamente imoral. Ministros antigos foram de avião comercial, classe econômica”, afirmou o presidente, que ficou contrariado com o custo da viagem.
Na noite de segunda-feira (27), a Casa Civil divulgou a seguinte nota sobre o caso: “Em relação à utilização de aeronave da FAB pelo secretário-executivo (e ministro interino) José Vicente Santini: a solicitação seguiu os critérios definidos na legislação vigente”.
De acordo com a FAB, por decreto, podem utilizar as aeronaves oficiais ministros de Estado e “demais ocupantes de cargo público com prerrogativas de ministro”.