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Política Demitido em abril, ex-diretor-geral disse em depoimento que Bolsonaro queria um diretor da Polícia Federal de sua confiança

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Valeixo prestou depoimento em inquérito que apura se presidente tentou interferir na corporação.

Foto: José Cruz/Agência Brasil
Valeixo prestou depoimento em inquérito que apura se presidente tentou interferir na corporação. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Durante depoimento prestado para inquérito que apura se o presidente da República tentou interferir indevidamente na corporação, o ex-diretor-geral da PF (Polícia Federal) Maurício Valeixo disse nesta segunda-feira (11) que o presidente Jair Bolsonaro decidiu exonerá-lo porque queria no cargo alguém de sua confiança.

O depoimento durou cerca de sete horas e foi realizado na Superintendência da PF em Curitiba. Valeixo teria contado que Bolsonaro lhe disse não ter nada contra ele, mas que buscava um diretor com quem tivesse mais afinidade.

O relato de Valeixo vai ao encontro da declaração pública de Bolsonaro. Ao discursar em 24 de abril, logo após ex-ministro da Justiça Sérgio Moro deixar o cargo, o presidente descreveu uma conversa com o chefe da pasta sobre a troca de comando na corporação.

“Quero um delegado, que pode não ser o seu, que pode não ser o meu, mas que eu sinta, além da competência óbvia, se bem que isso é uma coisa comum entre os delegados da Polícia Federal, que eu possa interagir com ele”, disse Bolsonaro.

“Por que não? Eu interajo com os homens de inteligência das Forças Armadas, se preciso for, eu interajo com a Abin [Agência Brasileira de Inteligência], interajo com qualquer um do governo”, acrescentou.

Valeixo foi demitido em abril, estopim para a crise que culminou com a saída de Moro do governo. Ele teria dito ainda no depoimento que não pediu para ser exonerado do cargo, ao contrário do que foi publicado na edição de 24 de abril do Diário Oficial da União.

O ex-diretor também relatou que o próprio presidente da República ligou pare ele na véspera da exoneração para comunicar a sua saída do cargo, mas que não foi dada a opção de permanecer.

​A exoneração foi publicada “a pedido”, segundo o primeiro decreto, assinado por Jair Bolsonaro e Sérgio Moro.

Depois de Moro contestar sua assinatura, Bolsonaro admitiu o erro e retirou o nome do ex-ministro refazendo a medida de exoneração de Valeixo da chefia da Polícia Federal, mas manteve a afirmação de que ela teria ocorrido a pedido dele.​

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