Terça-feira, 29 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 6 de abril de 2019
Depois de sinalizar, durante café da manhã com jornalistas na sexta-feira (5), que pode demitir o ministro da Educação na próxima segunda-feira, o presidente Jair Bolsonaro disse na tarde de sexta-feira que a situação de Ricardo Vélez Rodríguez à frente da pasta ainda pode ter conserto. Sobre o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, alvo de inquérito da Polícia Federal (PF) por suspeita de participação em esquema de candidaturas laranjas em Minas Gerais, o presidente afirmou que, “por enquanto, não é o caso” de tomar uma decisão sobre sua permanência no cargo. As informações são do jornal O Globo.
“Só a morte que não tem conserto”, respondeu Bolsonaro, na saída do evento de inauguração do Espaço Integridade da Ouvidoria da Presidência da República. “Está bastante claro que não está dando certo o ministro Vélez. É uma pessoa honrada, mas está faltando gestão. Na segunda-feira, vamos tirar a aliança da mão direita, ou vai para a esquerda ou vai para a gaveta”, havia dito o presidente pela manhã, acrescentando que a decisão já está tomada.
Vélez, que foi a Campos do Jordão (SP) para participar como palestrante de um fórum empresarial, afirmou que não pretende entregar o cargo.
“Vocês veem que é um ministério importante… Todos os ministérios são importantes. Educação é um dos mais importantes, tem que funcionar redondinho”, disse Bolsonaro, que também explicou a analogia que fez mais cedo com um relacionamento amoroso.
“Eu falei que estou com a aliança na mão direita, na segunda posso ir para a esquerda ou na gaveta, só isso (…) Tem reclamações lá, está conversando para ver se resolve o problema”, afirmou o presidente, sendo questionado em seguida se já está pensando no nome de um substituto. “Eu estou noivo ainda, tem um tempo ainda”, declarou, rindo.
Em tom de brincadeira, o presidente chamou o ministro-chefe da Secretaria-Geral do Palácio do Planalto, Floriano Peixoto, e disse que ele estava “para sair também”.
“Olha, o que eu acertei com todos os ministros desde o começo, conversei também com o ministro Moro, é que em havendo um final de um inquérito, uma conclusão com provas robustas, conclusão final do inquérito, toma a decisão. Por enquanto, não é o caso”, declarou.
Em seguida, disse que foi acusado de ser diversas coisas – “misógino, racista, fascista, homofóbico, xenófobo, tudo que se possa imaginar” – e que é réu em uma ação no Supremo Tribunal Federal – por apologia ao estupro –, mas não por corrupção. Segundo Bolsonaro, isso “faz parte da vida”.