Domingo, 13 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 18 de abril de 2020
Bolsonaro conversou com apoiadores em frente ao Palácio do Planalto
Foto: Reprodução/redes SociaisO presidente Jair Bolsonaro disse, neste sábado (18), que a paralisação da atividade econômica causada pelas restrições em Estados e municípios para conter o coronavírus pode afetar o pagamento de salários de servidores públicos. A declaração foi dada a um grupo de apoiadores no Palácio do Planalto.
O presidente criticou as medidas de isolamento social adotadas por gestores locais. “Desde o começo, sozinho, venho falando dos dois problemas: o vírus e o desemprego. O desemprego já se faz presente no seio da sociedade. Os informais cresceram muito, são quase 40 milhões no Brasil. O pessoal celetista também milhões já perderam seus empregos. A economia não roda dessa forma. Vai faltar dinheiro para pagar servidor público, e o Brasil está mergulhando em um caos”, afirmou o presidente.
A queda na arrecadação de impostos é um dos efeitos da paralisia da atividade econômica. Para mitigar esse problema, Estados e prefeitos querem que a União compense os governos locais pelas perdas, conforme projeto aprovado por deputados e que foi criticado pelo governo.
O projeto tem o apoio do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ao fazer referência indireta a Maia, Bolsonaro afirmou que não vão tirá-lo do cargo. “Eu quero crer que não seja apenas má vontade desses políticos, que não vou nominar aqui, querer abalar a Presidência da República. Não vão me tirar daqui”, disse o presidente, enquanto manifestantes gritavam “Fora, Maia”.
Bolsonaro voltou a defender a flexibilização das medidas restritivas, mas lembrou que o STF (Supremo Tribunal Federal) determinou que cabe a governadores e prefeitos decretar o isolamento.
Aborto
Um grupo de religiosos realizou uma manifestação contra o aborto no Palácio do Planalto. Bolsonaro disse a eles que não apoia ações de flexibilização do aborto e parabenizou o grupo pelo protesto.