Terça-feira, 17 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 15 de março de 2022
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira (15) que o governo pode ampliar a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para os setores de automóveis, motocicletas e linha branca, depois de uma redução geral de 25% aprovada há duas semanas.
Em discurso em evento no Palácio do Planalto, o presidente afirmou que o seu governo estaria fazendo uma “revolução na redução de impostos” e que o ministro da Economia, Paulo Guedes, teria aberto a possibilidade de uma nova redução.
“Há uma possibilidade, segundo Paulo Guedes quem disse, de reduzir mais ainda para automóveis, motocicletas e linha branca”, afirmou.
No final de fevereiro, o governo anunciou uma redução geral das alíquotas do imposto para quase todos os produtos sobre os quais o IPI incide. Na maior parte dos casos, a redução foi de 25%. Em alguns, caso dos automóveis, foi menor, em torno de 18%.
O governo calculou um redução de arrecadação de 19,5 bilhões de reais com a mudança no imposto, mas justificou com a alegação que, em janeiro, a arrecadação cresceu 18,3% em relação ao mês anterior.
Preço dos combustíveis
Bolsonaro também disse que espera que a Petrobras siga o mercado internacional e reduza o preço dos combustíveis, após a queda do valor do barril de petróleo.
O preço do barril do petróleo do tipo Brent, o mais comercializado internacionalmente, fechou a cotação do dia a US$ 99. Na semana passada, o barril chegou a custar mais de US$ 139, maior valor em 14 anos, o que levou a Petrobras a promover reajustes no preço da gasolina, do diesel e do gás de cozinha, anunciados na última quinta-feira (10).
“Estamos tendo notícias de que nos últimos dias o preço do petróleo lá fora tem caído bastante. A gente espera que a Petrobras acompanhe a queda de preço lá fora. Com toda certeza, ela fará isso daí”, disse o presidente durante evento de lançamento do novo marco legal da securitização e de garantias rurais, no Palácio do Planalto, em Brasília.
O presidente voltou a criticar a decisão da Petrobras de aumentar o preço dos combustíveis antes mesmo de o Congresso Nacional e do governo aprovarem medidas para conter o aumento dos preços. Uma dessas medidas foi a edição de uma lei complementar que unifica o valor do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis. O texto foi sancionado na última sexta-feira (11).
“A gente lamenta apenas, se a Petrobras tivesse esperado um dia a mais, nós poderíamos, ao se anunciar o reajuste de R$ 0,90 no litro do diesel pela empresa, que não é de responsabilidade nossa, mas exclusiva da Petrobras, também ter anunciado a diminuição de R$ 0,60 no litro do combustível. Por um dia, se a Petrobras tivesse esperado, teríamos apenas um aumento de R$ 0,30 no preço do diesel”, disse. As informações são da agência de notícias Reuters e da Agência Brasil.