Sexta-feira, 03 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 17 de dezembro de 2018
O presidente eleito, Jair Bolsonaro, fará nesta quarta-feira (19) a primeira reunião ministerial com sua equipe completa. Os 22 ministros já indicados deverão estar presentes, na residência oficial da Granja do Torto, utilizada por Bolsonaro quando está em Brasília.
A pauta da reunião não foi divulgada pela assessoria da equipe de transição. A princípio será o único compromisso do presidente eleito na capital federal nesta semana. A expectativa é ele chegue a Brasília na quarta-feira e volte no fim do dia para o Rio de Janeiro.
A primeira reunião ministerial, com a equipe incompleta, foi conduzida por Bolsonaro no momento em que ele ainda escolhia nomes para o primeiro escalão de governo.
Também não está definido se o presidente eleito virá para Brasília nos dias 27 ou 29 já para se preparar para a posse presidencial no dia 1º de janeiro.
Desde as eleições, Bolsonaro intercala sua agenda entre o Rio de Janeiro, onde tem residência, e Brasília.
Secretaria de Promoção da Igualdade Racial será mantida
A Seppir (Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial) será mantida e permanecerá com a mesma nomenclatura, com foco na dignidade da pessoa humana. A decisão foi divulgada nesta segunda-feira (17) por meio de nota oficial.
A informação é da advogada Damares Alves, que assumirá como titular do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Em nota, ela informou que o objetivo é ampliar as ações no âmbito da secretaria.
“Informamos ainda que o objetivo da secretaria será o de ampliar as ações de acesso às políticas públicas, para a população negra, indígena, quilombola, cigana, moradores do semiárido, comunidades ribeirinhas e comunidades tradicionais.”
Equipe de Bolsonaro estuda transformar Mercosul em área de livre comércio
A equipe econômica do presidente eleito, Jair Bolsonaro, estuda apresentar um projeto de revisão para o Mercosul. E uma das ideias é transformar o bloco, que hoje é uma união aduaneira, em uma área de livre comércio, segundo uma fonte próxima às negociações. O modelo seria mais semelhante ao antigo Nafta, que reúne EUA, México e Canadá. A ideia é que o País não precise adotar uma tarifa externa comum, o que abriria espaço para mais acordos bilaterais.
“Na área de livre comércio, cada um negocia com quem quiser, não existe tarifa externa comum. Só que entre eles não existem barreiras tarifárias. Continuamos no Mercosul, ninguém pensa em sair do Mercosul”, teria dito uma fonte.
De acordo com a mesma fonte, que frisou que os planos ainda não estão prontos, o mais certo seria que qualquer projeto de mudança fosse proposto após o avanço do acordo entre União Europeia e Mercosul. Recentemente, a chanceler alemã, Angela Merkel, disse que o acordo tem menos chances de sair sob o governo Bolsonaro.
O tema também deve surgir durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, previsto para 22 de janeiro. Para mudar o status do bloco, seria necessário um acordo entre os membros. Mas a aposta é que o plano seria viável, considerando a importância econômica do Brasil na região e o alinhamento com a Argentina, cujo presidente, Mauricio Macri, também tem perfil mais liberal.