Terça-feira, 13 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 26 de abril de 2019
O presidente da República, Jair Bolsonaro, manifestou preocupação com os casos de homens que têm o pênis amputado por falta de higiene íntima. Ele falou sobre o assunto após uma visita ao Ministério da Educação.
O chefe do Executivo afirmou que, a partir de agora, pretende visitar um ministério por semana. Na saída da pasta, ele e o ministro Abraham Weintraub concederam uma entrevista.
Depois de uma das intervenções de Weintraub, Bolsonaro foi ao microfone e disse que pretendia “complementar” a fala do ministro. “Uma coisa muito importante para complementar aqui o ministro. Dia a dia, né, a gente vai ficando velho e vai aprendendo as coisas. Tomei conhecimento uma vez que certos homens ao ir para o banheiro, eles só ocupavam o banheiro para fazer o número 1 no reservado”, afirmou o presidente, que em seguida citou um “dado alarmante”: mil amputações de pênis por ano no Brasil “por falta de água e sabão”.
“Quando se chega a um ponto desses, a gente vê que nós estamos realmente no fundo do poço. Nós temos que buscar uma maneira de sair do fundo do poço ajudando essas pessoas, conscientizando-as, mostrando realmente o que eles têm que fazer, o que é bom para eles, é bom para o futuro deles, e evitar que se chegue nesse ponto ridículo, triste para nós, dessa quantidade de amputações que nós temos por ano”, declarou Bolsonaro. A falta de higiene na região pode causar câncer de pênis.
Escolas
Depois de participar da reunião no Ministério da Educação, o presidente criticou o que chamou de “forte doutrinação ideológica” de cerca de 200 mil alunos pobres e de áreas rurais que frequentam aproximadamente 2 mil escolas, nas palavras de Bolsonaro, “ditas Sem Terrinha”, geridas pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).
Postado ao lado de Bolsonaro no momento da fala, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, aproveitou para defender o fim do repasse de dinheiro público para as escolas do movimento. O presidente mencionou a “preocupação muito grande” com as escolas do MST, depois de relatar a jornalistas que apresentou ao chefe do MEC algumas ideias e sugestões que serão analisadas pela área técnica, para saber se “são boas ou não”.
“Ali [nas escolas do MST], dia sim, dia não, em vez de o Hino Nacional e do hasteamento da bandeira, se canta a Internacional Socialista ou o hino do MST. E há uma forte doutrinação ideológica nessa garotada. No meu entender, não tem que ter política em sala de aula. Nem de esquerda nem de direita. Ou, se tiver, que tenha os dois lados”, disse o presidente, para quem a “garotada” deve sair da escola sabendo interpretar textos, a fórmula da água ou uma regra de três simples.
“Nossa intenção é que tenhamos no futuro, na ponta da linha, bons profissionais e não bons militantes. O que, no meu entender, não é bom para o Brasil”, complementou o presidente.