Sexta-feira, 31 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 5 de abril de 2019
Em café da manhã com jornalistas nesta sexta-feira (05), o presidente Jair Bolsonaro disse que deve tomar uma decisão sobre o MEC (Ministério da Educação) na segunda-feira (08). “Na segunda, vamos resolver a situação do MEC”, declarou. “Está bem claro que não está dando certo, falta gestão. Vamos tirar a aliança da mão esquerda e pôr na direita”, afirmou o presidente.
As declarações indicam que o ministro Ricardo Vélez Rodríguez pode ser demitido. O ministro enfrenta sucessivas crises desde o início do governo e viu um aumento do desgaste nas últimas semanas com uma série de demissões na pasta.
Logo após o presidente se manifestar em Brasília, Vélez, que participa do 18º Fórum do Grupo de Líderes Empresariais em Campos do Jordão (SP), rapidamente reagiu. “Não vou entregar o cargo, não fui informado”.
E ainda declarou: “Única coisa insustentável é a morte”. O ministro pediu o apoio de empresários e os convocou para “dialogar” com ele e sua equipe no órgão. Durante o evento, Vélez culpou gestões anteriores pela situação da educação no Brasil e disse que “há muito sendo construindo no âmbito burocrático e administrativo atualmente”. Perguntado sobre o que seria a “solução” para o ministério, ele respondeu: “Racionalidade”.
Moro
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, afirmou na quinta-feira (04) que a criação de um perfil pessoal no Twitter para informar ações da pasta foi incentivada pelo presidente Jair Bolsonaro. Ao lado do presidente em vídeo ao vivo nas redes sociais, brincou: “Se der errado, a culpa é dele [Bolsonaro]”.
Segundo Moro, a ideia ao criar o perfil é de se “comunicar de uma maneira mais moderna, nas redes sociais”. O ministro afirmou que usará a plataforma principalmente para divulgar políticas públicas, e menos posições pessoais.
O perfil do ministro já tem cerca de 300 mil seguidores. Nele, Moro afirma que irá explicar “o projeto de lei anticrime, além das medidas executivas em andamento do ministério”. Para deixar claro que o perfil era mesmo seu, ele fez duas postagens. Na primeira, publicou que “há muitas páginas de apoio e até alguns perfis falsos”. “Mas este Twitter é meu mesmo, Sérgio Moro”, acrescentou.
Também publicou uma foto com um calendário em mãos, que gerou memes nas redes sociais. Ao lado de Bolsonaro, Moro ainda falou sobre operações de combate à pornografia infantil e ao plantio de maconha. Além de Moro, participou da transmissão ao vivo o general Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional.